Mapa das autárquicas: candidatos confirmados e indefinições

Mapa das autárquicas: candidatos confirmados e indefinições


Principais partidos começam a apresentar os candidatos às eleições para as autarquias. Conheça o mapa das autárquicas: entre os nomes já confirmados e os ainda por definir, a disputa aquece nas principais câmaras do país.


Com as eleições autárquicas a aproximarem-se, os principais partidos já começaram a apresentar os seus candidatos para as câmaras municipais das, embora ainda existam várias indefinições nas capitais de distrito. No Porto, Rui Moreira chega ao final do terceiro e último mandato e já começaram a surgir possíveis sucessores para este ‘dinossauro’ da Invicta. O presidente da Câmara do Porto confirmou Filipe Araújo como o candidato certo à presidência da autarquia nas eleições que decorrem em setembro ou outubro deste ano, mas o vice-presidente do município e líder da associação cívica ‘Porto, o Nosso Movimento’ recusou que fosse a altura ideal para anunciar uma candidatura.


Na corrida, está confirmado Manuel Pizarro, do lado PS, sendo a terceira vez que o antigo ministro da Saúde se candidata à Câmara Municipal do Porto, tendo saído derrotado nas últimas duas vezes. Miguel Côrte-Real, ex-militante do PSD e líder da bancada parlamentar municipal dos sociais-democratas na Câmara do Porto até maio do ano passado, já confirmou a candidatura, mas pelo Chega. Pela CDU avança Diana Ferreira, ex-deputada da Assembleia Municipal de Gaia e deputada em São Bento no tempo da “geringonça”.


Já do lado do PSD tem sido apontado o nome de Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, apesar de o mesmo ainda não ter oficializado e ter adiado o assunto «até à primavera».
Numa sondagem feita a nível nacional pela Intercampus para o Correio da Manhã, há uma maior preferência por Manuel Pizarro, por ser considerado mais competente por 29% dos inquiridos, contra o social-democrata Pedro Duarte.

LISBOA: CARLOS MOEDAS OU ALEXANDRA LEITÃO?
Em Lisboa, a escolha dos socialistas para cabeça-de-lista foi para Alexandra Leitão, o que vai obrigar o partido a mudar de líder parlamentar. A antiga ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública vai assim enfrentar o PSD de Carlos Moedas. Embora ainda não tenha oficializado a candidatura, é praticamente certo que o atual autarca, que governa a capital sem maioria absoluta, se recandidate.
Para já, Moedas reagiu à escolha da sua putativa adversária sem poupar nas críticas. Para o autarca, a escolha de Alexandra Leitão como candidata do PS à autarquia representa uma «radicalização», referindo que as cidades precisam de moderação.


Também na opinião de 46,2% dos inquiridos da sondagem da Intercampus, Moedas tem maior competência do que Alexandra Leitão para presidir à Câmara Municipal de Lisboa. Apenas 27,1% consideram que a socialista é «mais competente» do que Carlos Moedas.


Apesar disso, o PSD não vive dias fáceis, o que poderá (ou não) abalar a confiança em Moedas. Esta terça-feira, a direção do PSD decidiu avocar o processo de escolha de todos os candidatos autárquicos do partido no concelho de Lisboa, uma semana depois de conhecida a acusação do processo “Tutti Frutti” (ver pág. 12). Em causa está uma acusação do Ministério Público a 60 pessoas de, no total, 463 crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem.


O líder da concelhia de Lisboa do PSD, Luís Newton, e o líder da distrital social-democrata na capital, Ângelo Pereira, estão entre os acusados, tal como outros presidentes de juntas de freguesia em Lisboa e vereadores na capital do PSD e do PS.

SINTRA: ANA M. GODINHO OU MARCO ALMEIDA?
É uma das câmaras mais importantes para os socialistas, por isso o nome de Ana Mendes Godinho para representar o partido em Sintra, só foi escolhido após vários estudos. Chegada ao fim a era de Basílio Horta, que lidera o município há 12 anos, a a ex-ministra e atual deputada foi a aposta de Pedro Nuno Santos para lutar pelo bastião do partido.
Já o PSD aposta em Marco Almeida, vice-presidente da Câmara de Sintra, no mandato autárquico de Fernando Seara, e que, em 2013, foi a votos, como independente, acabando por perder frente a Basílio Horta. Esta será a terceira vez que concorre à presidência da Câmara de Sintra, mas agora com o apoio do PSD.


A deputada e membro da direção nacional do Chega, Rita Matias, já confirmou também a candidatura à à autarquia sintrense.
Outro nome que chegou a estar na calha para candidato a Cascais e/ou a Sintra foi Pedro Santana Lopes. Mas, numa reviravolta, o atual presidente da Câmara da Figueira da Foz, anunciou esta semana a recandidatura à autarquia, que lidera desde 2021, quando ganhou como independente. Esta será a primeira vez que Santana Lopes vai concorrer com o apoio do PSD desde que deixou o partido em 2018.

CDU QUER RECONQUISTAR LOURES AO PS
Nas últimas eleições, em 2021, a CDU perdeu Loures para o PS, depois de ter reconquistado este seu bastião aos socialistas em 2013, com Bernardino Soares. Desta vez, os comunistas apostam em Gonçalo Caroço, atual vereador na Câmara Municipal de Loures, para «inverter o rumo que o PS, juntamente com o PSD e Chega, impuseram neste mandato no concelho de Loures».


Do lado do PS, Ricardo Leão admitiu voltar a recandidatar-se com o apoio do partido, mesmo depois da polémica que culminou na sua demissão da presidência da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS. Recorde-se que vários militantes do PS, incluindo o ex-primeiro-ministro António Costa, criticaram Ricardo Leão por ter defendido o despejo «sem dó nem piedade» de inquilinos de habitações municipais que tenham participado nos distúrbios que ocorreram na Área Metropolitana de Lisboa.