As forças rebeldes do M23 e as tropas regulares do Ruanda lançaram na quarta-feira uma nova ofensiva no leste da República Democrática do Congo (RDC) e tomaram uma cidade mineira de Nyabibwe, na província de Kivu do Sul.
Esta conquista enquadra-se no seu avanço em direção à capital regional, Bukavu, que fica a 100 quilómetros. Recorde-se que pelo menos 900 pessoas foram mortas nos confrontos de Goma e 2.880 ficaram feridas, segundo a ONU.
O M23 decretou uma trégua humanitária unilateral, só que o Governo congolês acusou os rebeldes de violarem o cessar-fogo e alerta para o risco de escalada do conflito. O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, confirmou a existência de intensos combates, embora não existissem quaisquer informações de que o M23 se estivesse a aproximar de Bukavu. Ainda segundo elemento da ONU, os rebeldes do M23 são apoiados por cerca de 4.000 soldados do vizinho Ruanda.
Perante o alastrar do conflito, o Governo da República Democrática do Congo mostrou-se disponível para iniciar conversações de modo a resolver o conflito, mas quer que o diálogo ocorra no contexto de acordos de paz anteriores, os quais foi acusado de não cumprir pelo Ruanda e pelos rebeldes.
As organizações regionais, os países mediadores como Angola e o Quénia, a ONU, a União Europeia e a comunidade internacional estão a tentar encontrar uma solução diplomática para esta crise, temendo uma conflagração regional. Entretanto, está prevista para amanhã uma cimeira, na Tanzânia, entre os presidentes da RDC e do Ruanda.
