A Comissão Nacional do PS reúne-se no sábado, em Setúbal, para discutir as eleições presidenciais. No entanto, ainda sem condições para decidir quem apoiar, embora em perspetiva estejam potenciais candidaturas de António José Seguro e de António Vitorino.
Em relação às eleições presidenciais de janeiro de 2026, apenas uma ideia central parece unir todos os socialistas e que tem sido salientada pelo secretário-geral: o PS só deve ter um candidato neste ato eleitoral.
No PS, de forma quase unânime, entende-se que uma divisão será fatal para algum candidato do centro-esquerda conseguir passar à segunda volta das presidenciais.
António José Seguro, secretário-geral do PS entre 2011 e 2014, é quem tem dado mais sinais de poder entrar na corrida a Belém. António Vitorino, antigo comissário europeu e ministro do primeiro Governo de António Guterres, parece reunir mais apoios na direção de Pedro Nuno Santos.
No entanto, o atual presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, até agora, ainda não deu qualquer sinal de estar disponível para uma candidatura presidencial.
Já o ex-presidente da Assembleia da República gostaria de apoiar António Vitorino. Mas se este não se candidatar, Augusto Santos Silva admite avançar. “Não excluo nenhuma candidatura seja a uma junta de freguesia, seja a qualquer outro lugar”, declarou na quarta-feira.
O presidente do PS, Carlos César, no fim de janeiro, quando anunciou a convocatória desta reunião da Comissão Nacional para discutir as presidenciais, disse acreditar que o seu partido estaria então em condições de “tomar uma boa decisão”.
Mas o secretário-geral baixou as expetativas em termos de resultados concretos, dizendo que a reunião da Comissão Nacional do PS deste sábado serviria sobretudo para “debater” a questão das eleições presidenciais.