A comunicação social chinesa noticiou esta quinta-feira que os ataques cibernéticos em grande escala que há vários dias afetam aplicação chinesa de modelos de inteligência artificial (IA) generativa DeepSeek R-1, vieram de utilizadores localizados nos EUA.
A Yuyuan Tantian, uma conta nas redes sociais gerida pela televisão CCTV, citou um especialista em cibersegurança da empresa de programas antivírus Qi’anxin que disse que “todos os endereços IP no ataque foram registados, e todos eles são norte-americanos”.
A Yuyuan Tantian publica apenas notícias na Internet, mas é gerida pela CCTV e pode ser acedida através do portal oficial da televisão oficial chinesa. Esta conta já foi utilizada em ocasiões anteriores para promover medidas como a retaliação de Pequim contra as tarifas europeias sobre os automóveis elétricos chineses.
De acordo com a análise da Qi’anxin, os ataques contra a DeepSeek começaram no início do mês e atingiram o pico entre segunda e terça-feira. A aplicação manteve esta quinta-feira a limitação aos novos registos de utilizadores, após três dias consecutivos de “ataques maliciosos em grande escala”.
A plataforma garantiu que já identificou o problema, implementou uma alteração no sistema e está “atenta a quaisquer potenciais problemas”. Os serviços web e as interfaces de programação de aplicações estão a funcionar com “um desempenho degradado”, admitiu a DeepSeek.
O Conselho de Segurança Nacional dos EUA a investigar as potenciais implicações da DeepSeek e a presidência encara os avanços e modelo de baixo custo da DeepSeek como uma “chamada de atenção” para a indústria de IA norte-americana.