A política é “A Comédia dos Erros” de Shakespeare: farsa, comédia e mal-entendidos.
Temos o ex- director executivo do SNS, Gandra D’Almeida no habitual chico-espertismo português, médico, mas tarefeiro turbo.
As malas do deputado do Chega num caso surreal, roubou tantas malas que só faltou roubar malas aos deputados do seu partido. As funcionárias grávidas do BE mandadas embora sem apelo nem agravo.
E, agora para completar o leque, Secretário de Estado da lei dos solos, Hernâni Dias criou duas imobiliárias depois de entrar no governo. Esta gente ainda não percebeu que há sempre alguém debaixo da ponte que nos vê. Tudo se sabe, não vale a pena esconder-se.
Há doze deputados que foram constituídos arguidos em menos de um ano de legislatura, dava para constituir um grupo parlamentar.
Segundo o Correio da Manhã, um deles foi secretário de Estado do Desporto João Paulo Rebelo, visado num caso de alegados benefícios a um ex-sócio para a realização de testes à Covid-19.
Há gente séria, na política, mas conheço poucos, por exemplo, Pedro Passos Coelho, António José Seguro, a antiga Ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz. Não esquecendo Medina Carreira. Haverá outros, mas são mesmo muito poucos.
Este tipo de casos e a corrupção corroem a democracia e dão azo à antipolítica. Esta forma de fazer política revolta o comum dos cidadãos.
As pessoas que simplesmente querem que as coisas funcionem sem aproveitamentos de qualquer tipo. Isso, por vezes, é mais forte do que apelos vazios para salvar a democracia.
Fundador do Clube dos Pensadores
