A Agência Espacial Europeia (ESA) programou os lançamentos deste ano dos seus foguetões, num total de 10. A ESA deu assim por encerrada esta crise, marcada por retrocessos no programa do foguetão Ariane 6 e incidentes técnicos no Vega C.
O diretor-geral da ESA, em conferência de imprensa esta quinta-feira em Paris, além de anunciar o fim da “crise dos foguetões”, salientou que o orçamento da agência espacial “é relativamente modesto”.
Josef Aschbacher lembrou que a Europa é responsável por 11% dos gastos globais no espaço, em comparação com 64% dos EUA e 12 % da China.
O primeiro lançamento comercial do Ariane 6 está programado para fevereiro e no total estão programados seis lançamentos deste foguetão. Nesta sua versão tem capacidade para colocar cargas de até mais de 20 toneladas em órbita baixa e 11 toneladas em órbita geoestacionária.
Para o foguetão europeu Vega-C, que consegue colocar cargas de até 2,2 toneladas em órbita polar (a 700 quilómetros de altitude), estão programados quatro lançamentos este ano. As operações retomaram em dezembro, dois anos após o fracasso do primeiro lançamento.
Quando a cadência dos dois lançadores estiver totalmente operacional, a ESA espera cerca de nove lançamentos por ano do Ariane 6 e cerca de cinco do Vega-C.
“É disso que a Europa precisa”, defendeu o diretor-geral da ESA, acrescentando que os foguetões europeus têm ainda outros contratos para colocar satélites dos EUA em órbita, como os da constelação Creeper para a Amazon.
