A Polícia Judiciária, em estreita articulação com o Ministério Público/DCIAP, recuperou, esta quinta-feira, nove obras de arte que se encontravam em parte incerta, na sequência do processo em que João Rendeiro estava condenado da prática de crimes de branqueamento.
“Em outubro de 2021, na sequência da fuga de João Rendeiro, e da notícia do descaminho de diversas obras de arte, no âmbito do processo no qual este estava condenado a Polícia Judiciária, encetou diligências, tendo em vista a localização e recuperação do produto do crime, tendo sido igualmente aberto inquérito no DCIAP contra João Rendeiro, Maria de Jesus Rendeiro, Florêncio Plácido Correia de Almeida e outras pessoas”, pode ler-se num comunicado da PJ.
Além das abras de arte, a mesma nota dá conta de que foram arrestados e apreendidos outros bens que pertenciam a Maria de Jesus Rendeiro e João Rendeiro, como o apartamento na Quinta Patino (adquirido em 2018 por 1.150.000 euros), um Mercedes no valor de cerca de 50 mil euros, saldos bancários de contas em Portugal no valor de 14 mil euros e saldos bancários de contas no estrangeiro no valor de cerca de 500 mil euros.
Segundo a PJ, “encontram-se já arrestados ou apreendidos bens e valores no valor de cerca de 70.000.000,00 euros”.
Agora, as diligências envolveram “além do mais, a expedição de pedidos de cooperação judiciária internacional ao Reino Unido, EUA, França, Espanha, África do Sul, Suíça e Bélgica” e foi conseguida a recuperação de vários bens.
“Em dezembro de 2024, a PJ conseguiu que fossem repatriadas as seguintes obras de arte, que se encontravam em Londres”, diz ainda a PJ.