Portugal está transformado numa República do crioulo doido


Abrir as portas para um turismo que sobrecarrega, e de que maneia, o já depauperado Orçamento português é inaceitável.


 A República Portuguesa cada vez mais faz lembrar o samba do crioulo doido, havendo surpresas mirabolantes a cada dia que passa. Esta história dos médicos que ameaçam com desobediência civil à medida do Parlamento de proibir o acesso gratuito à saúde de turistas que procuram o país apenas para se ‘servirem’ do SNS sem gastar um tostão ultrapassa tudo. Faz lembrar a história daquele ‘malandreco’ que não tem dinheiro mas vai deixando ‘calotes’ em todo o lugar, prejudicando seriamente a economia daqueles que vão sendo enganados. Qualquer médico sabe que se for ao estrangeiro, e estamos a falar da Europa, e não levar o seu seguro de saúde internacional não poderá usufruir os serviços médicos públicos sem pagar. Isto é tão claro como a água.

Mas acho ainda mais estranho que os médicos digam que recebem esses ‘turistas de saúde’, pois não são polícias, o que é verdade, pois essa competência é dos serviços administrativos. Que os imigrantes que cá vivem, e trabalham, e que aguardam pela regularização do seu processo legal devam ser atendidos, muito bem. Já descontam, já trabalham e têm de ter os mesmos direitos que qualquer outro português. Agora abrir as portas para um turismo que sobrecarrega, e de que maneia, o já depauperado Orçamento português é inaceitável. Ou será que a Holanda ou outro país qualquer onde estas regras imperam são fascistas e desumanos? As pessoas não percebem que tem de haver regras para que não vamos todos ao fundo? Compreendo as preocupações deontológicas dos subscritores da carta de desobediência, mas esses profissionais, por acaso, estão assim tão preocupados com os doentes que vivem em Portugal e esperam longas horas por uma consulta nas urgências? Não será toda esta discussão meramente política?

Estranho ainda a posição da Ordem dos Médicos e dos Enfermeiros. Será que já assinaram alguma carta a dizer que discordam do novo funcionamento das urgências, que pretende afastar os casos menos graves para fortalecer a resposta a casos graves?

“Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar”, já dizia um general romano. Tantos séculos depois, não posso deixar de estar mais de acordo. O histerismo tomou conta do espaço público, alimentado por ‘doentes’ ferozes que tudo querem fazer para desacreditar quem está no poder. Independentemente da justiça ou injustiça das suas decisões,_para eles, o bem e o mal são a mesma coisa.

Portugal está transformado numa República do crioulo doido


Abrir as portas para um turismo que sobrecarrega, e de que maneia, o já depauperado Orçamento português é inaceitável.


 A República Portuguesa cada vez mais faz lembrar o samba do crioulo doido, havendo surpresas mirabolantes a cada dia que passa. Esta história dos médicos que ameaçam com desobediência civil à medida do Parlamento de proibir o acesso gratuito à saúde de turistas que procuram o país apenas para se ‘servirem’ do SNS sem gastar um tostão ultrapassa tudo. Faz lembrar a história daquele ‘malandreco’ que não tem dinheiro mas vai deixando ‘calotes’ em todo o lugar, prejudicando seriamente a economia daqueles que vão sendo enganados. Qualquer médico sabe que se for ao estrangeiro, e estamos a falar da Europa, e não levar o seu seguro de saúde internacional não poderá usufruir os serviços médicos públicos sem pagar. Isto é tão claro como a água.

Mas acho ainda mais estranho que os médicos digam que recebem esses ‘turistas de saúde’, pois não são polícias, o que é verdade, pois essa competência é dos serviços administrativos. Que os imigrantes que cá vivem, e trabalham, e que aguardam pela regularização do seu processo legal devam ser atendidos, muito bem. Já descontam, já trabalham e têm de ter os mesmos direitos que qualquer outro português. Agora abrir as portas para um turismo que sobrecarrega, e de que maneia, o já depauperado Orçamento português é inaceitável. Ou será que a Holanda ou outro país qualquer onde estas regras imperam são fascistas e desumanos? As pessoas não percebem que tem de haver regras para que não vamos todos ao fundo? Compreendo as preocupações deontológicas dos subscritores da carta de desobediência, mas esses profissionais, por acaso, estão assim tão preocupados com os doentes que vivem em Portugal e esperam longas horas por uma consulta nas urgências? Não será toda esta discussão meramente política?

Estranho ainda a posição da Ordem dos Médicos e dos Enfermeiros. Será que já assinaram alguma carta a dizer que discordam do novo funcionamento das urgências, que pretende afastar os casos menos graves para fortalecer a resposta a casos graves?

“Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa nem se deixa governar”, já dizia um general romano. Tantos séculos depois, não posso deixar de estar mais de acordo. O histerismo tomou conta do espaço público, alimentado por ‘doentes’ ferozes que tudo querem fazer para desacreditar quem está no poder. Independentemente da justiça ou injustiça das suas decisões,_para eles, o bem e o mal são a mesma coisa.