Qual foi o melhor Natal da sua vida?
Todos os natais de infância nas Beiras em casa dos meus avós, toros gigantes a arder uma semana – tradição beirã e transmontana – e onde fumei o primeiro cigarro e quando cheguei a casa a cheirar a cigarro à ceia e levei a primeira estalada da minha tia Isabel…
O melhor presente que recebeu?
O melhor presente – a primeira bicicleta – no dia seguinte andei todo o dia e senti-me um Jacques Anquetil.
O melhor presente que ofereceu?
O melhor presente que dei foi levar a família toda ao Brasil e outro à Argentina e ao Uruguai, a Punta del Este. Tenho irmãos e noras no continente sul-americano.
Quando descobriu que o Pai Natal não existia?
Nunca pensei nisso a não ser que o Pai Natal estava muito limpinho e barbas brancas para quem anda a subir e descer por chaminés cheias de fuligem (risos…).
Presépio ou árvore de Natal?
Presépio, em miúdo achava fascinante andar a arranjar musgo.
Missa do Galo ou de Natal?
Missa do Galo, aqui na Igreja de São Francisco de Paula, principalmente um padre que eu estimava muito, mas com jantar prévio e o vinho ao jantar soltava as palavras sábias em grandes sermões.
Festeja em casa ou fora?
Sempre em casa, mas houve uns gloriosos tempos de boémia saudável na 24 de Julho, onde a seguir à Consoada e à Missa do Galo íamos ‘girar’ e beber uns copos para essa avenida, mas a 24 de Julho boémia acabou.
Compra bacalhau demolhado e congelado ou seco e inteiro?
Seco e eu demolho. Tenho um prazer em demolhar bacalhaus. A minha família ri-se com os detalhes das águas frias.
Que vinho recomendaria para acompanhar o bacalhau? E o peru?
Tintos sempre, como entradas um Alvarinho.
Costuma ver os jogos do boxing day?
Vi muitos jogos ao vivo do Boxing Day, pois tinha um filho a estudar em Londres e viajava para lá no dia 25 de manhã, dia de Natal.
Quando abre os presentes? Na noite da véspera ou na manhã de dia 25?
Por causa de filhos e netas abro, abrimos sempre a 24 – elas, eles estão ansiosos.
Costuma oferecer presente ao seu animal de estimação?
Os meus ‘animais de estimação’ são seres humanos carenciados, portanto sejam sem-abrigo ou drogados aqui em Alcântara, reforço sempre os meus donativos e sacos do supermercado… Na época de Natal dou a dobrar ou triplicar.
Acha que o consumismo tomou conta do Natal? A festa perdeu o seu significado?
O consumismo tomou conta das Festas, portanto peço à família para me oferecer presentes úteis – shampoos, sabonetes, etc.. Também dou monetário às netas, ensinando a comprar o útil e pouparem… e explico: só se compra o que precisam e não o que a publicidade lhes tenta ‘enfiar’.
Que música associa ao Natal?
Associo ao Natal a música do Paul Simon do princípio do jornalismo de ‘televisão tragédia’, ele a cantar 7 O’clock News/Silent Night. Aí começou o jornalismo do ‘espreme que sai sangue’.
Qual o melhor concerto de Natal a que assistiu?
Concertos de Natal – uma das boas raras coisa de televisão – todos bons.
Faz as suas compras 1. no comércio tradicional (onde), 2. nos centros comerciais e hipermercados ou 3. na Amazon e internet?
Como dou dinheiro, sabonetes e shampoos, poupo-me aos centros comerciais e ajuntamentos. Fujo de multidões e ‘amazons’ – só CTT.
Entre roupa, cosméticos, livros/ discos e tecnologia, o que mais gostaria de receber este Natal?
Como já tenho praticamente tudo ou tive, gostaria de receber e dar, espírito de Natal o ano inteiro, detesto datas marcadas.
Empresário de restauração
