O farmacêutico Joaquim Chaves, fundador do grupo de laboratórios de análises clínicas com o seu nome, morreu na terça-feira aos 94 anos. Numa nota, publicada no seu site, a Ordem dos Farmacêuticos descreve-o como «uma das maiores referências nacionais na área das análises clínicas» e «um empreendedor e precursor no desenvolvimento e modernização do serviço de análises clínicas em Portugal».
Joaquim Francisco Jorge Martins Chaves nasceu em Lisboa, em 1930. Licenciou-se pela pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, em 1958, concluindo, uma década depois, a especialidade em análises clínicas pela Ordem dos Farmacêuticos, refere esta entidade, sublinhando que a sua carreira profissional foi reconhecida com a atribuição, em 2023, da Medalha de Honra.
O grupo que hoje conta com sete laboratórios, e tem cerca 400 postos de análises clínicas, 14 clínicas médicas e de radioncologia e um fitness club, de acordo com a informação disponível no seu site, empregando três mil trabalhadores, foi fundado há 65 anos. O primeiro laboratório começou a operar em Mafra, em 1959, e atividade do grupo foi crescendo de forma sustentado, apostando na inovação técnica e científica, na qualidade analítica, na automatização e na robótica, sendo atualmente um dos maiores operadores do setor das análises clínicas e um dos principais grupos nacionais da área da saúde, com serviços em múltiplas áreas e valências, como assinala a Ordem dos Farmacêuticos. Além dos serviços em Portugal, o grupo opera também um laboratório de análises clínicas em Moçambique.
De acordo com as informações prestadas pela Ordem dos Farmacêuticos, Joaquim Chaves foi sócio fundador da Associação Portuguesa de Analistas Clínicos, em 1975, e no ano seguinte integrou a direção de Biologia Clínica da Federação Internacional Farmacêutica. Na sua colaboração com a Ordem, esta indica que o ponto alto foi a presidência da secção regional do sul, entre 1980 e 1982, período em que «visitou os laboratórios de análises clínicas de quase todo o país, numa altura em que se estabeleciam a primeiras convenções com os serviços médico-sociais e defendeu sempre o reconhecimento e a paridade dos farmacêuticos analistas clínicos com médicos patologistas».