“Nunca, de forma alguma, me apropriei de quaisquer fundos”, diz Mayan

“Nunca, de forma alguma, me apropriei de quaisquer fundos”, diz Mayan


Presidente demissionário da União de Freguesias da Foz do Porto pede desculpa por falsificação de assinaturas e mostra-se disponível para prestar esclarecimentos e enfrentar eventuais responsabilidades.


O ex-candidato à liderança da Iniciativa Liberal e presidente demissionário da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, Tiago Mayan, que renunciou ao cargo após ter admitido que falsificou assinaturas, garante que nunca se apropriou de quaisquer fundos.

“Os acontecimentos que conduziram à minha demissão não serviram de modo algum para meu benefício pessoal. Quero deixar bem claro que nunca, de forma alguma, me apropriei de quaisquer fundos”, lê-se num comunicado divulgado este domingo por Tiago Mayan.

O liberal esclarece que o seu objetivo “foi permitir que as associações beneficiárias destes fundos não ficassem prejudicadas por quaisquer falhas procedimentais, bem como assegurar a prossecução dos seus projetos, em serviço da população e do interesse público”.

Reconhece que a falsificação de assinaturas “foi um ato manifestamente irrefletido e censurável”, do qual se arrepende “profundamente”, e que foi da sua “inteira e exclusiva responsabilidade”, não havendo outros envolvidos, sendo “por todos desconhecido”.

Por outro lado, Mayan faz questão de sublinhar que o seu ato “não alterou em nada” o conteúdo da já conhecida decisão do Júri do Fundo de Apoio ao Associativismo, “visando somente justificar a dispensa de um prazo de audiência prévia”.

Aproveita ainda para pedir desculpas aos membros do Júri, aos colegas de Executivo, aos funcionários da Junta, aos serviços municipais, entre outras entidades.

“Reconheço que, no meu juízo de urgência nesse momento, não tive o mínimo discernimento e a consideração devida pelo modo como poderiam ser afetados, de forma direta ou indireta (…) Todos são merecedores do maior respeito e total confiança; a todos devo as minhas sinceras desculpas. A falha é minha, não deles”, frisa.

Por último, anuncia que se vai afastar de qualquer participação ativa, mantendo-se como cidadão e como membro de base no partido e mostra-se disponível para, “perante quaisquer instâncias e autoridades”, prestar esclarecimentos e enfrentar as eventuais responsabilidades que possam decorrer do seu ato.