A Air France-KLM reiterou esta quinta-feira o interesse na privatização da TAP, após uma reunião inicial “muito positiva” com o Governo português. A condição é que a privatização se adeque às ambições estratégicas da companhia e ao que o Executivo pretende.
“Temos interesse em seguir esta oportunidade, assumindo que está dentro das nossas ambições estratégicas e que somos capazes de cumprir com o que o Governo português procura”, afirmou o presidente executivo do grupo aéreo franco-neerlandês.
Benjamin Smith falava em teleconferência de imprensa sobre os resultados do terceiro trimestre e sobre o diálogo com o Governo no âmbito do processo de privatização da TAP, disse ter sido uma primeira reunião “muito positiva”. O responsável lembrou que o processo oficial ainda não avançou.
A Air France-KLM tinha manifestado interesse no processo de venda da companhia aérea portuguesa, admitindo também a possibilidade de uma posição minoritária. O ministro das Finanças disse que o Governo estava em diálogo preliminar com os três grupos aéreos que manifestaram interesse na compra da TAP, mas sem compromisso com uma data para a privatização.
“Estamos em diálogo com as três companhias aéreas [Lufthansa, Air France-KLM e IAG] que mostraram interesse na privatização da companhia, este é um diálogo preliminar, estamos a analisar a pretensão de cada uma destas companhias”, adiantou Miranda Sarmento a 10 de outubro.
Miranda Sarmento reiterou que o Governo tem dois objetivos para a venda da TAP: a manutenção do ‘hub’ de Lisboa e o desenvolvimento em termos de rotas; e tentar recuperar a médio ou longo prazo parte do dinheiro que o Estado injetou na recuperação da companhia aérea.
No final de outubro, o ministro das Infraestruturas confirmou que tem participado em reuniões com potenciais interessados na compra da TAP e que a intenção do Executivo é fechar este processo “até ao final de 2025”.
“A intenção é chegar aos 100% da privatização, mas temos de auscultar o mercado. Temos de valorizar os ativos da empresa e maximizar o produto da venda, com uma estratégia para devolver aos portugueses os 3,2 mil milhões de euros que foram injetados pelos contribuintes”, afirmou Miguel Pinto Luz.