O 45.º presidente dos EUA, Donald Trump, fez hoje um autêntico “comeback” presidencial e tornou-se o 47.º ao vencer Kamala Harris na eleição presidencial dos Estados Unidos. Ao cair do pano começaram a chegar as primeiras reações internacionais e Portugal também já se fez ouvir.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, utilizou a rede social “X” para parabenizar Donald Trump e diz esperar uma “estreita colaboração” a nível bilateral, da NATO e multilateral.
Numa nota da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa felicita o Presidente-eleito Donald Trump e recorda que “Portugal foi o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos EUA, a importância da Comunidade Portuguesa neste país, bem como a colaboração durante o seu primeiro mandato, nomeadamente a reunião na Casa Branca em 2018 e durante a pandemia.”
Já André Ventura mostra-se entusiasmado com a “viragem à direita” americana que diz ser uma vitória “contra os interesses do sistema instalado, contra os meios de comunicação social tradicionais e contra o globalismo woke”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse à Lusa que Portugal respeita a vontade do povo americano e a escolha de Donald Trump para a Casa Branca em nada alterará a relação institucional entre os dois países.
“Fosse para que candidato fosse, em nada alteraria, por um lado, a nossa relação institucional (…), multissecular de aliado, preferencial e, designadamente, de aliado na matéria de segurança e defesa dos Estados Unidos.”
Acrescenta ainda que o Governo português está a “preparar um novo ciclo de relacionamento”, aproveitando a “tradição multissecular de segurança e defesa, nomeadamente no quadro da NATO e a nível multilateral” e de “estimular as relações económicas”, que “eram já francamente boas e tinham tido desenvolvimentos nos últimos anos muito promissores.
“Tudo isto num quadro de normalidade institucional, normalidade democrática e de amizade entre os dois países”, garante.
Sobre a vitória de Trump, Rui Rocha avisa que agora a “Europa vai ter de cuidar de si própria” e que “a primeira consequência para Portugal é óbvia. Foco do Estado em áreas essenciais: segurança, defesa, justiça, mobilidade, acesso universal a saúde/educação. Fazer muito bem aí. Já não há margem para desbaratar recursos públicos em supérfluo/acessório”, referiu o presidente da IL no “X”.
A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, confessa que não ficou surpreendida com o resultado, mas que está “muito preocupada” e deixou críticas ao mandato de Joe Biden : “Quando os progressistas abraçam o liberalismo e a guerra, a extrema-direita ganha”.