Polícias. MAI admite debate sobre direito à greve

Polícias. MAI admite debate sobre direito à greve


Modelo de policiamento de proximidade pela PSP vai ser revisto


A ministra da Administração Interna abriu este domingo a porta à discussão sobre o direito à greve nas polícias. O tema reclamado pelos sindicatos figura entre os pontos em discussão nas negociações previstas para janeiro. Margarida Blasco revelou ainda que o modelo de policiamento de proximidade pela PSP vai ser revisto, defendendo a sua importância junto das comunidades e prometendo um maior investimento do Governo. 

“Vamos começar no dia 06 de janeiro um conjunto de revisões e é um ponto que pode estar e estará, com certeza, em cima da mesa. Neste momento não vou dizer se sim ou se não, porque vai ter de ser submetido a um estudo”, afirmou a governante no final do primeiro congresso da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).

“A PSP tem um programa há muitos anos que tem de ser revisitado e que é a polícia de proximidade. Isso passa por ter mais quadros formados e um diálogo que tem de ser feito com as autarquias, com a segurança social, com as associações dos bairros. Estou crente que esse trabalho vai ser feito”, disse também a ministra no final do evento que decorreu este fim de semana na Faculdade de Direito de Lisboa. 

“É muito importante que o cidadão confie na sua polícia. O Governo confia na polícia”, sublinhou Margarida Blasco, explicando que há 500 futuros agentes a serem formados neste momento e que essa revisão passa também por um reforço das condições dos polícias.

“Vamos fazer um investimento na formação e, para isso, precisamos de abrir concursos para agentes, para chefes, para oficiais. Estamos atentos e neste constante diálogo que temos com os sindicatos e os polícias, um dos programas que vamos reavivar é o policiamento de proximidade”, reforçou, citada pela agência Lusa. 

Entre os equipamentos que serão alvo de investimento estão bodycams, tasers e novas viaturas para a Polícia de Segurança Pública (PSP), mas Margarida Blasco lembrou que estas questões têm de passar por concursos públicos até poderem chegar aos agentes no terreno.