O presidente do Infarmed esclareceu, esta quarta-feira, que a suspensão da comercialização das bombas de insulina automáticas adquiridas pelo Estado se deve a questões de segurança.
Rui Ivo foi ouvido na comissão parlamentar da Saúde, a requerimento do PS, sobre a suspensão da comercialização destes dispositivos, que iriam ser distribuídos a 15 mil pessoas com diabetes tipo 1, no âmbito de um programa criado pelo anterior Governo.
O concurso para a aquisição de cerca de 2.000 dispositivos, que tinha sido adjudicado à empresa Medtrum, foi suspenso após o alerta da associação de diabetologistas britânica e de relatos da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) de que utilizadores tiveram reações adversas.
“A nossa primeira obrigação é garantir a segurança dos cidadãos que estão a utilizar estes dispositivos”, sublinhou o presidente do Infarmed.
Rui Ivo explicou que a ADPD realizou um estudo prévio à utilização das bombas de insulina automáticas, no qual foram detetados “vários resultados erróneos face àquilo que seria de esperar”.
As primeiras notificações de reações adversas ocorreram a 3 de junho e a suspensão da compra dos dispositivos foi declarada no dia 14 do mesmo mês, após o contacto com o notificante e de ter informado a empresa distribuidora em Portugal.