Putin avalia respostas a possíveis ataques ocidentais na Ucrânia

Putin avalia respostas a possíveis ataques ocidentais na Ucrânia


Após dois anos e meio de guerra, o conflito na Ucrânia tornou-se o maior ponto de confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.


O presidente Vladimir Putin afirmou neste domingo que o Ministério da Defesa da Rússia está a desenvolver diferentes respostas caso os EUA e os seus aliados da NATO permitam que a Ucrânia realize ataques em território russo com mísseis ocidentais de longo alcance.

Após dois anos e meio de guerra, o conflito na Ucrânia tornou-se o maior ponto de confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria, com autoridades russas a advertirem que a guerra estaria a entrar numa fase mais perigosa. Nas últimas semanas, a Rússia tem enviado sinais aos EUA e aos aliados de que, caso a Ucrânia receba permissão para atacar o território russo com mísseis fornecidos pelo Ocidente, Moscovo interpretaria tal ação como uma escalada considerável no conflito.

Putin já havia declarado, a 12 de setembro, que a aprovação ocidental para tal medida implicaria “o envolvimento direto dos países da NATO, dos Estados Unidos e da Europa na guerra na Ucrânia”, já que, segundo ele, as infraestruturas e os militares da NATO teriam de estar envolvidos para operar e direcionar esses mísseis.

Neste domingo, Putin disse que ainda é prematuro definir a reação russa, mas que Moscovo teria que responder adequadamente, explorando diferentes alternativas. “O Ministério da Defesa está a pensar em como responder aos possíveis ataques de longo alcance ao território russo e proporá uma série de respostas”, declarou Putin em entrevista ao repórter Pavel Zarubin, da TV estatal russa.

Desde que ordenou a invasão em 2022, Putin descreve a guerra como um embate entre a Rússia e um Ocidente em declínio que, segundo ele, teria ignorado os interesses russos desde a dissolução da União Soviética em 1991. Para a Ucrânia e os seus aliados, no entanto, Putin está a conduzir uma guerra imperialista contra um país menor e, se a Rússia prevalecer, regimes autoritários em todo o mundo sentir-se-ão encorajados a agir da mesma forma.