A semana passada, nas redes sociais, surgiu uma fotografia e um vídeo de um aluno com uma máscara de um cão em pleno pátio do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Segundo os relatos, este identifica-se com o referido animal e pretende ser tratado como tal. Uma vez que esta é uma época de praxes ficou por perceber se o relato é real ou se tudo não passou de uma brincadeira. A verdade é que há por esse Mundo fora, cada vez mais pessoas que se identificam como animais e que fazem questão de que a sua vontade seja respeitada. Ainda no ano passado centenas de pessoas juntaram-se em Berlim, na Alemanha, num protesto em defesa dos seus direitos. A reunião canina foi apresentada ao som de latidos. Também no Japão um jovem gastou cerca de 14 mil euros num fato para se parecer com um collie, passeando-se pela cidade em quatro patas e ladrando para quem passa.
Não sei exatamente o que pretendem estas pessoas, se é só chamar à atenção ou se por outro lado acham que podem ser o que quiserem e que os outros têm que aceitar, adaptando-se a tal peculiaridade. O que me parece evidente em qualquer dos casos é que esta gente sofre de um qualquer distúrbio mental sério e que de alguma forma têm que ser chamados à razão. Esta vaga da inclusão, em que tudo deve ser aceite e respeitado, acaba por alterar completamente as dinâmicas de uma sociedade, em que nos querem fazer crer que temos que ser nós a alimentar os caprichos e os devaneios de uns quantos que se acham no direito de criar as suas próprias narrativas perante simples factos que não podem ser alterados. Claro que todas estas aberrações acabam por influenciar o crescimento e o desenvolvimento dos mais jovens, servindo para criar confusão e desestabilização.
Ainda no ano passado, em Inglaterra, uma rapariga de 13 anos questionou uma colega por esta identificar-se como um gato o que na opinião dela não estava correto. A professora não gostou e chamou-lhe desprezível, sugerindo que a mesma era também homofóbica, tendo levantado a possibilidade de a aluna ser transferida de escola uma vez que não cumpria os padrões e valores da mesma, assentes na inclusão. Isto passou-se numa aula sobre “educação para a vida” que trata de temas como a formação cívica, relações interpessoais e educação sexual.
Resta saber se estes “animais” também partilham da alimentação habitualmente usada, se têm os mesmos hábitos e comportamentos, se comem ração ou se dormem numa casota em cima de uma manta. O que parece evidente é que o domínio do absurdo veio para ficar e que quanto mais compactuamos com este tipo de atitudes e formas de estar mais será imaginado e posto em prática. Veremos o que nos espera a seguir, sendo que há por aí gente muito criativa.