Melhores indicadores de desenvolvimento sustentável no Norte, Centro e Lisboa

Melhores indicadores de desenvolvimento sustentável no Norte, Centro e Lisboa


“As regiões cujos municípios têm um desempenho médio global menos positivo são a Região Autónoma da Madeira, o Algarve e o Alentejo”


O Centro, o Norte e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) são as regiões de Portugal onde os municípios apresentam melhor desempenho médio global no cumprimento de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

As três regiões são destacadas no relatório “Estado dos ODS em Portugal. O que nos dizem os indicadores municipais da Plataforma ODSlocal”, divulgado esta sábado, que analisou como estão os vários territórios do país rumo às metas dos ODS da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

“As regiões cujos municípios têm um desempenho médio global menos positivo são a Região Autónoma da Madeira, o Algarve e o Alentejo”, contrapõe o documento, citado pela agência Lusa. 

O relatório é divulgado por ocasião da Cimeira para o Futuro, que começa domingo, na sede da ONU, em Nova Iorque, nos EUA. O encontro visa “dar um novo impulso à concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável consagrados na Agenda 2030”.

O relatório avaliou como está o cumprimento dos objetivos destinados a proteger o ambiente e a evitar o aquecimento global nos 308 municípios portugueses., com base nos dados “mais recentes de 143 indicadores de progresso dos 17 ODS em relação às metas estabelecidas para cada um deles para o ano 2030”.

“Atualmente, os ODS em que os municípios portugueses têm melhor desempenho médio são o ODS 4 — Educação de qualidade, o ODS 6 — Água potável e saneamento e o ODS 14 — Proteger a vida marinha”, lê-se no relatório. 

O trabalho frisa que “todos os ODS estão a metade ou mais de metade do caminho a percorrer até 2030” para garantir um desenvolvimento sustentável do planeta.

O relatório excetua três ODS do patamar da metade ou acima da metade (o ODS 13 — Ação climática, o ODS 2 — Erradicar a fome e promover a agricultura sustentável e o ODS 5 — Igualdade de género), assinalando que estes “justificam, por isso, particular atenção”.

“Caso se mantenha a evolução da tendência verificada desde 2015 até hoje, as projeções para 2030 indicam uma melhoria generalizada dos ODS, ainda que para nenhum deles se preveja que venham a ser alcançadas 100% das respetivas metas”, estimou.

No entanto, há “exceções em relação a esta evolução globalmente positiva” nos ODS 11 — Cidades e comunidades sustentáveis e ODS 12 — Produção e consumo sustentáveis, objetivos que poderão “observar um retrocesso em termos de aproximação às metas definidas para 2030”.