Incêndios. Madrugada e dia de quinta-feira “vão continuar a ser muito complexos”

Incêndios. Madrugada e dia de quinta-feira “vão continuar a ser muito complexos”


Pelo menos sete pessoas morreram nos incêndios nos distritos de Aveiro e Viseu, com dezenas de casas destruídas e dezenas de milhares de hectares de floresta e mato queimados


O presidente da Autoridade de Emergência e Proteção Civil avisou esta quarta-feira que “as próximas 24 horas, particularmente esta madrugada e o dia de amanhã vão continuar a ser muito complexos”.

No balanço diário sobre os incêndios, André Fernandes destacou ainda que quinta-feira chegará uma brigada espanhola de bombeiros, com 17 elementos com um helicóptero, subindo para três o número de companhias espanholas em Portugal, notando ainda que já chegaram ao país outros 130 militares espanhóis. 

Uma onda de incêndios florestais mortais em Portugal levou os serviços de emergência do país ao limite, e reforços muito esperados chegaram da Espanha e do Marrocos. 

Pelo menos sete pessoas morreram nos incêndios nos distritos de Aveiro e Viseu, com dezenas de casas destruídas e dezenas de milhares de hectares de floresta e mato queimados. 

Segundo os números do INEM, já foram registados 150 feridos e cinco mortos, não sendo contabilizados os dois civis que morreram em casa e na via pública. O bombeiro, que morreu de morte súbita, é contabilizado, uma vez que, segundo André Fernandes, “fazia parte do dispositivo que estava a operar”.

Ao início da noite desta quarta-feira no terreno estavam agora 1.625 operacionais, 508 meios terrestres e um meio aéreo a combater 22 incêndios ativos.

Espanha, Itália e França já tinham enviado, cada, dois aviões de combate a incêndios, após o Governo ter solicitado ajuda na segunda-feira, sob o mecanismo de Defesa Civil da União Europeia.

Dados do Serviço Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais mostraram que grandes incêndios queimaram uma área de mais de 90 mil hectares desde sábado, tornando o total queimado deste ano 124 mil hectares maior do que a área queimada em 2017, quando Portugal sofreu dois incêndios devastadores que mataram mais de 100 pessoas.