EUA. Donald Trump sobrevive a tentativa de assassinato

EUA. Donald Trump sobrevive a tentativa de assassinato


Um participante do comício morreu e outros dois estão em estado crítico


O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi ferido numa orelha enquanto realizava um comício eleitoral neste sábado (madrugada de domingo em Portugal. O FBI identificou o atirador como Thomas Mathiew Crooks, de 20 anos. 

“Fui atingido com uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita”, disse Trump logo após o atentado na cidade de Butler, na Pensilvânia (nordeste), um estado crucial nas eleições presidenciais de novembro. O candidato republicano, de 78 anos, acabava de começar o seu discurso.

Enquanto Trump, 78 anos, falava, ouviram-se tiros. Este levou a mão à orelha e atirou-se para o chão atrás do púlpito antes de ser imediatamente cercado por agentes dos serviços secretos, enquanto o público gritava horrorizado.

Depois de alguns instantes, Donald Trump levantou-se, despenteado e sem o seu boné vermelho, cercado pelos agentes. “Deixem-me calçar meus sapatos”, foi ouvido a dizer. Saiu do palco erguendo o punho e escoltado por seguranças.

Um participante do comício morreu e outros dois estão em estado crítico, segundo os serviços secretos. O autor dos disparos, que estava situado “num ponto alto” fora do recinto onde o magnata republicano realizava o seu comício, também morreu.

A atirador, natural da Pensilvânia, não teria quaisquer antecedentes criminais conhecidos. Estaria inclusive registado como eleitor do Partido Republicano, O FBI diz estar ainda a tentar investigar qual o motivo do crime e se será político.

“O presidente Trump agradece às forças da lei e aos primeiros socorristas pela rápida ação durante este ato atroz. Ele está bem e está a ser examinado num centro médico local”, disse o porta-voz da campanha, Steven Cheung, num comunicado.

Um funcionário da Casa Branca anunciou que o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com Trump sobre o incidente. Mais cedo em comunicado, o próprio Biden, possível rival do republicano nas eleições de 5 de novembro, declarou que “não há lugar para este tipo de violência”.

“Não podemos ser assim”, disse antes de acrescentar que está “agradecido por saber que está a salvo e bem”, disse. “Estou a rezar por ele e pela sua família e por todos que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações”, disse antes de acrescentar que “devemos unir-nos como nação para condenar” a violência.

Este era o último comício de Trump antes da convenção republicana que está programada para acontecer em Milwaukee (Wisconsin) a partir de segunda-feira. A sua equipa anunciou que Trump participará na mesma, onde deve ser oficialmente nomeado como candidato para enfrentar Joe Biden nas eleições de 5 de novembro.