Ronaldo, hora de colocar o dedo na ferida


Esse tempo em que foi rei e senhor dos relvados porém acabou. Na Europa do futebol, onde se encontram as maiores equipas e os melhores jogadores, já há muito que havia perdido o gás.


Parece-me claro que é hora de colocar o dedo na ferida e um ponto final no assunto. Mas vamos ao início. Portugal estará por certo, sempre agradecido ao jogador madeirense. Isso nem se põe em causa, nem tão pouco o que representa à escala global. Cristiano marcou uma época e gerações de jogadores, numa batalha brutal com Lionel Messi. Umas vezes ganhou, outras perdeu. Inspirou muitos jovens através da sua força de vontade, da finta estonteante e do remate letal. Esse tempo em que foi rei e senhor dos relvados porém acabou. Na Europa do futebol, onde se encontram as maiores equipas e os melhores jogadores, já há muito que havia perdido o gás. Foi por isso, por não encontrar equipa nenhuma de topo que o quisesse, que se despediu do agente Jorge Mendes (como se a culpa fosse dele…) e viajou até à Arábia Saudita para tentar prolongar um pouco a sua carreira e encaixar mais uns valentes milhões.

O facto de ter baixado a exigência e de ter ido para uma liga de terceira categoria, fez com que voltasse a marcar golos, que se sagrasse o melhor marcador e lhe subissem novamente os níveis de confiança ao ponto de achar que podia ser preponderante na seleção. A verdade é que por muito que Cristiano nos tente fazer crer do contrário, a liga do Médio Oriente está a anos luz do que se pratica no continente europeu. Não tem comparação possível, aliás o futuro Mundial de Clubes será ótimo para colocar tudo em pratos limpos, embora já no último tenhamos ficado com a certeza da falta de andamento.

Não duvido que Ronaldo goste muito da seleção, nem que lhe custe admitir que o seu tempo já passou. Mas acho que muitas vezes coloca os seus interesses pessoais, os seus recordes e o seu ego à frente dos interesses do país. Com isso tem-se ressentido a nossa equipa. Não é preciso ser-se um génio para perceber que a melhor fase dos últimos anos, aquela em que praticámos melhor futebol e fomos um verdadeiro conjunto foi na Liga das Nações de 2019 que Portugal venceu, curiosamente sem a sua presença. Mas a culpa disto tudo é muito da Federação Portuguesa de Futebol e do selecionador. Ninguém consegue meter ordem na mesa e ninguém sequer tem “tomates” para o substituir. Parece que tem que jogar os jogos todos e quando sai faz birra. Vê-lo barafustar cada vez que não lhe passam uma bola faz com que muitos jogadores joguem pior com a sua presença em campo porque se sentem na obrigação de jogar para ele.

É por isso tempo de ir para a prateleira dourada onde figuram nomes como Eusébio ou Fernando Gomes que nunca deixarão de ser nossos ídolos. Já o podia, aliás, ter feito e teria deixado uma marca de maior unanimidade do que a que tem agora. Isto não se trata de ser mal agradecido ou anti-Ronaldo. São factos. Que continue na Arábia o tempo que lhe apetecer mas na Seleção Nacional chegou a hora de dizer adeus.

Ronaldo, hora de colocar o dedo na ferida


Esse tempo em que foi rei e senhor dos relvados porém acabou. Na Europa do futebol, onde se encontram as maiores equipas e os melhores jogadores, já há muito que havia perdido o gás.


Parece-me claro que é hora de colocar o dedo na ferida e um ponto final no assunto. Mas vamos ao início. Portugal estará por certo, sempre agradecido ao jogador madeirense. Isso nem se põe em causa, nem tão pouco o que representa à escala global. Cristiano marcou uma época e gerações de jogadores, numa batalha brutal com Lionel Messi. Umas vezes ganhou, outras perdeu. Inspirou muitos jovens através da sua força de vontade, da finta estonteante e do remate letal. Esse tempo em que foi rei e senhor dos relvados porém acabou. Na Europa do futebol, onde se encontram as maiores equipas e os melhores jogadores, já há muito que havia perdido o gás. Foi por isso, por não encontrar equipa nenhuma de topo que o quisesse, que se despediu do agente Jorge Mendes (como se a culpa fosse dele…) e viajou até à Arábia Saudita para tentar prolongar um pouco a sua carreira e encaixar mais uns valentes milhões.

O facto de ter baixado a exigência e de ter ido para uma liga de terceira categoria, fez com que voltasse a marcar golos, que se sagrasse o melhor marcador e lhe subissem novamente os níveis de confiança ao ponto de achar que podia ser preponderante na seleção. A verdade é que por muito que Cristiano nos tente fazer crer do contrário, a liga do Médio Oriente está a anos luz do que se pratica no continente europeu. Não tem comparação possível, aliás o futuro Mundial de Clubes será ótimo para colocar tudo em pratos limpos, embora já no último tenhamos ficado com a certeza da falta de andamento.

Não duvido que Ronaldo goste muito da seleção, nem que lhe custe admitir que o seu tempo já passou. Mas acho que muitas vezes coloca os seus interesses pessoais, os seus recordes e o seu ego à frente dos interesses do país. Com isso tem-se ressentido a nossa equipa. Não é preciso ser-se um génio para perceber que a melhor fase dos últimos anos, aquela em que praticámos melhor futebol e fomos um verdadeiro conjunto foi na Liga das Nações de 2019 que Portugal venceu, curiosamente sem a sua presença. Mas a culpa disto tudo é muito da Federação Portuguesa de Futebol e do selecionador. Ninguém consegue meter ordem na mesa e ninguém sequer tem “tomates” para o substituir. Parece que tem que jogar os jogos todos e quando sai faz birra. Vê-lo barafustar cada vez que não lhe passam uma bola faz com que muitos jogadores joguem pior com a sua presença em campo porque se sentem na obrigação de jogar para ele.

É por isso tempo de ir para a prateleira dourada onde figuram nomes como Eusébio ou Fernando Gomes que nunca deixarão de ser nossos ídolos. Já o podia, aliás, ter feito e teria deixado uma marca de maior unanimidade do que a que tem agora. Isto não se trata de ser mal agradecido ou anti-Ronaldo. São factos. Que continue na Arábia o tempo que lhe apetecer mas na Seleção Nacional chegou a hora de dizer adeus.