Fórum para a Competitividade. “Clara melhoria na execução do PRR, mas ainda insuficiente”

Fórum para a Competitividade. “Clara melhoria na execução do PRR, mas ainda insuficiente”


O quinto pedido de pagamento deverá ser submetido em julho, envolvendo o cumprimento de 42 marcos e metas e um montante de 3191 milhões de euros.


O Fórum para a Competitividade diz que os pagamentos a Beneficiários Directos e Finais do PRR subiram 258 milhões para 4 616 milhões de euros (21% do total), a maior subida dos últimos sete meses, mas  refere que é “ainda insuficiente para cumprir o calendário”.

O número de Marcos e Metas cumpridos subiu de 102 para 105, 23% do total, o que permitiu à Comissão Europeia autorizar o pagamento de 714 milhões de euros, que tinham sido retidos por incumprimento. Nas últimas cinco semanas, o valor de projetos aprovados subiu 577 milhões de euros para 18 377 milhões de euros (83% do PRR), enquanto os pagamentos a Beneficiários Diretos e Finais subiram 258 milhões para 4 616 milhões de euros (21% do total), a maior subida dos últimos sete meses, mas ainda insuficiente para cumprir o calendário. E lembra que, de acordo com o Governo, o quinto pedido de pagamento deverá ser submetido em julho, envolvendo o cumprimento de 42 Marcos e Metas e um montante de 3191 milhões de euros.

O organismo chama ainda a atenção para o facto de em contas nacionais ter-se registado, no 1º trimestre, um défice 0,2% do PIB trimestral, “suficientemente reduzido para não colocar em causa a meta do conjunto do ano”. Mas alerta para riscos, no que diz respeito ao problema político de aprovação de medidas de redução da receita e de aumento da despesa que, “essas sim, poderão impedir o cumprimento dos objetivos orçamentais do Governo”.

O Fórum para a Competitividade estima que terá havido uma ligeira desaceleração da economia portuguesa no 2º trimestre, de 0,8% para entre 0,5% e 0,8% em cadeia e de 1,5% para entre 1,9% e 2,2% em termos homólogos e afirma que “os próximos trimestres estão ensombrados por riscos orçamentais e políticos em Portugal, mas também em França e nos EUA”.

E recorda que o FMI publicou a sua avaliação da economia portuguesa ao abrigo do artigo IV, genericamente favorável, mas aponta como restrições a um crescimento maior: baixo crescimento da produtividade, envelhecimento e baixo investimento.