A Praia de várias gerações


Esse é o problema de vários espaços, conseguir manter o equilibro da equipa, a constância do serviço e ter a capacidade de sempre que lá voltamos, o que comemos parecer exatamente igual à ultima vez.


Se na vida quase tudo é discutível, na restauração e no entretenimento é ponto assente. Somos levados a avaliar os espaços mediante os nossos gostos e as nossas experiências (boas ou más) em determinado sítio às vezes num dia em específico e construímos uma opinião que nos leva a repetir e a sugerir (ou não) a amigos e conhecidos. Muitas vezes num dia temos a sorte de tudo parecer perfeito e na próxima oportunidade sai-nos uma valente decepção. Esse é o problema de vários espaços, conseguir manter o equilibro da equipa, a constância do serviço e ter a capacidade de sempre que lá voltamos, o que comemos parecer exatamente igual à ultima vez. É por isso que existem inúmeros exemplos de restaurantes que se tornaram modas e rapidamente caíram em desgraça, porque é muito difícil manter equipas, conseguir motivar empregados e liderar de uma forma construtiva. Na faculdade houve um dia que um professor nos disse numa aula que se queríamos ter uma verdadeira lição de gestão então que fôssemos para um restaurante. Na altura todos nos rimos do absurdo mas hoje reconheço que estava completamente certo.

No Praia não é excepção. Podemos discutir se gostamos mais ou menos do estilo de música, umas pessoas podem gostar mais da carta e outras acharem os preços exagerados, pode até existir quem não queira lá voltar porque teve uma má experiência com alguma situação específica. O que não se pode discutir, porque é factual, é o sucesso e o mérito de um Grupo que leva sete anos na crista da onda, procurado por tudo e por todos e dos poucos espaços, em Lisboa ou no Algarve onde entrar é para muita gente por si só um feito. Não posso dizer que sou um frequentador assíduo mas sempre que lá vou divirto-me porque tudo ali parece estar vocacionado para criar uma excelente experiência a quem o visita. Sente-se a alegria das pessoas e o prazer de dançar, há festa no ar e isso não acontece seguramente por acaso. É porque quem está à frente do “barco” o “desenhou” precisamente para cumprir essa função. Até a hora de encerramento (03h00 da manhã), faz-nos sempre sentir que ficávamos mais um bocadinho e deixa sempre um travo de “apetece-me voltar”.

O facto de ser recebido sempre da mesma forma e de por lá ver a trabalhar muitas caras que se vão repetindo ano após ano também diz muito do sucesso da casa e da importância que é dada a quem se esforça para que o resultado seja inesquecível para os clientes. Sete anos de sucesso não são sete dias, nem sete meses. Não é nada fácil manter sempre um espaço ao mesmo nível, ainda para mais quando vivemos num tempo em que as pessoas gostam muito de diversificar, de andar de um lado para o outro, experimentar coisas novas e não parar muito no mesmo sítio. A verdade é que ali a fórmula encontrada vai sendo limada com o passar do tempo para que quem vai não tenha sequer a oportunidade de dizer no dia seguinte aquela frase tão portuguesa do “fui lá ontem e aquilo já não está a mesma coisa”. A semana passada estive lá numa festa da Grey Goose que foi absolutamente fantástica, pelo ambiente e pelos diferentes ambientes que foram criados para criar sempre diversão em diversos momentos. Hoje já é possível dizer que para este público e com esta longevidade só existiram dois espaços em Lisboa. A Kapital e o Praia. Estão de parabéns!

A Praia de várias gerações


Esse é o problema de vários espaços, conseguir manter o equilibro da equipa, a constância do serviço e ter a capacidade de sempre que lá voltamos, o que comemos parecer exatamente igual à ultima vez.


Se na vida quase tudo é discutível, na restauração e no entretenimento é ponto assente. Somos levados a avaliar os espaços mediante os nossos gostos e as nossas experiências (boas ou más) em determinado sítio às vezes num dia em específico e construímos uma opinião que nos leva a repetir e a sugerir (ou não) a amigos e conhecidos. Muitas vezes num dia temos a sorte de tudo parecer perfeito e na próxima oportunidade sai-nos uma valente decepção. Esse é o problema de vários espaços, conseguir manter o equilibro da equipa, a constância do serviço e ter a capacidade de sempre que lá voltamos, o que comemos parecer exatamente igual à ultima vez. É por isso que existem inúmeros exemplos de restaurantes que se tornaram modas e rapidamente caíram em desgraça, porque é muito difícil manter equipas, conseguir motivar empregados e liderar de uma forma construtiva. Na faculdade houve um dia que um professor nos disse numa aula que se queríamos ter uma verdadeira lição de gestão então que fôssemos para um restaurante. Na altura todos nos rimos do absurdo mas hoje reconheço que estava completamente certo.

No Praia não é excepção. Podemos discutir se gostamos mais ou menos do estilo de música, umas pessoas podem gostar mais da carta e outras acharem os preços exagerados, pode até existir quem não queira lá voltar porque teve uma má experiência com alguma situação específica. O que não se pode discutir, porque é factual, é o sucesso e o mérito de um Grupo que leva sete anos na crista da onda, procurado por tudo e por todos e dos poucos espaços, em Lisboa ou no Algarve onde entrar é para muita gente por si só um feito. Não posso dizer que sou um frequentador assíduo mas sempre que lá vou divirto-me porque tudo ali parece estar vocacionado para criar uma excelente experiência a quem o visita. Sente-se a alegria das pessoas e o prazer de dançar, há festa no ar e isso não acontece seguramente por acaso. É porque quem está à frente do “barco” o “desenhou” precisamente para cumprir essa função. Até a hora de encerramento (03h00 da manhã), faz-nos sempre sentir que ficávamos mais um bocadinho e deixa sempre um travo de “apetece-me voltar”.

O facto de ser recebido sempre da mesma forma e de por lá ver a trabalhar muitas caras que se vão repetindo ano após ano também diz muito do sucesso da casa e da importância que é dada a quem se esforça para que o resultado seja inesquecível para os clientes. Sete anos de sucesso não são sete dias, nem sete meses. Não é nada fácil manter sempre um espaço ao mesmo nível, ainda para mais quando vivemos num tempo em que as pessoas gostam muito de diversificar, de andar de um lado para o outro, experimentar coisas novas e não parar muito no mesmo sítio. A verdade é que ali a fórmula encontrada vai sendo limada com o passar do tempo para que quem vai não tenha sequer a oportunidade de dizer no dia seguinte aquela frase tão portuguesa do “fui lá ontem e aquilo já não está a mesma coisa”. A semana passada estive lá numa festa da Grey Goose que foi absolutamente fantástica, pelo ambiente e pelos diferentes ambientes que foram criados para criar sempre diversão em diversos momentos. Hoje já é possível dizer que para este público e com esta longevidade só existiram dois espaços em Lisboa. A Kapital e o Praia. Estão de parabéns!