Ucrânia. Biden garante que Ocidente mantém apoio

Ucrânia. Biden garante que Ocidente mantém apoio


“Estaremos dispostos a enfrentar a tirania, a defender a democracia e a liberdade? A resposta só pode ser sim”


O presidente dos EUA prometeu esta quinta-feira continuar a defender a Ucrânia para evitar que o país caia perante a opressão russa. Joe Biden avisou ainda que “a democracia está mais ameaçada do que nunca”.

“Não podemos curvar-nos aos ditadores. É simplesmente impensável”, afirmou Biden, num discurso no cemitério norte-americano de Colleville-sur-Mer, durante as cerimónias comemorativas do 80.º aniversário do desembarque da Normandia (França).

O desembarque é conhecido como o “Dia D”, momento que foi decisivo para o curso da II Guerra Mundial na Europa e para a vitória dos aliados contra a Alemanha nazi. 

“Se o fizéssemos, estaríamos a esquecer o que aconteceu aqui nestas praias sagradas”, prosseguiu o presidente norte-americano. Biden assegurou que os aliados ocidentais “não vão desistir” da defesa da Ucrânia e nem vão permitir que a Rússia ameace mais a Europa.

“Estaremos dispostos a enfrentar a tirania, a defender a democracia e a liberdade? A resposta só pode ser sim”, acrescentou ainda. 

Em 06 de junho de 1944, mais de 156.000 militares desembarcaram nas costas da Normandia, numa força constituída principalmente por tropas norte-americanas, britânicas e canadianas. Mas a operação incluiu apoio naval, aéreo e terrestre australiano, belga, checo, holandês, francês, grego, neozelandês, norueguês e polaco.

Na intervenção, Biden classificou este momento como uma “ilustração poderosa” de como as alianças, “as alianças reais”, tornam os países mais fortes. “Esta foi uma lição que rezo para que nós, americanos, nunca esqueçamos”, concluiu.

As comemorações dos 80 anos do “Dia D” acontecem numa altura em que a guerra assola novamente o continente europeu, após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

A par do líder norte-americano, estão na Normandia para assinalar a efeméride, entre outros governantes, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.

A Rússia, convidada há 10 anos e antiga aliada dos EUA e do Reino Unido contra a Alemanha nazi, foi formalmente excluída das cerimónias devido à invasão da Ucrânia.