Pedro Fidalgo Marques
PAN
A UE deve preparar-se para uma eventual guerra na Europa, nomeadamente através da constituição de um exército europeu?
Para o Partido PESSOAS-ANIMAIS-NATUREZA, o principal caminho deve ser sempre o da negociação política, da promoção do restabelecimento da paz e preservação do respeito pelos valores humanitários. Porém, a guerra tem tido efeitos dramáticos, quer em termos humanitários, quer ao nível do impacto nos animais e no ambiente. Perante esta ameaça, a União Europeia tem necessariamente de atuar proativamente na garantia da sua segurança e defesa, nas suas diferentes dimensões, incluindo em matéria de cibersegurança, bem como na cooperação e solidariedade, seja para com o povo ucraniano, seja para com os demais que vivem em conflito de guerra.
O Almirante Gouveia e Melo defendeu que a tropa portuguesa se deve preparar para combater num eventual conflito europeu. Pertencendo Portugal à NATO não acha que isso é inevitável?
O foco deve estar na procura da paz e não no envio de militares para o terreno. Ainda assim, sabemos que é necessário ter uma estratégia de defesa e é por isso que o PAN defende a criação de uma unidade multinacional de resposta e integração rápida, que consiga estar no terreno num período de três a cinco dias.
Qual acha que deve ser a posição da Europa em relação a Israel? Pensa que Portugal deve respeitar a decisão do TPI em relação aos ‘atores políticos’ considerados responsáveis por crimes de guerra?
O Pessoas – Animais – Natureza defende a solução dos dois estados e acreditamos que Portugal deve pugnar por isso e para que sejam respeitadas as decisões do Tribunal Penal Internacional.
É possível defender realmente os interesses de um país pequeno como Portugal perante gigantes como a França e a Alemanha?
Os tratados já preveem mecanismos para garantir que os países de menor dimensão tenham capacidade de defender os seus interesses.
A burocracia de Bruxelas não pode ser exasperante?
Nas visitas que temos realizado, a maioria das empresas e associações queixam-se constantemente da burocracia e das dificuldades em candidatarem-se a fundos europeus. É urgente desburocratizar e democratizar o acesso aos fundos, garantindo que estes chegam efetivamente ao terreno.
Sente que há muito desperdício de dinheiro em Bruxelas?
Temos de falar das opções políticas no direcionamento dos fundos e da transparência na sua aplicação. O PAN defende que deve existir uma maior transparência em todo o processo desde a fase de candidatura até à execução.
Com que regularidade pensa viajar para Portugal?
O PAN vai trabalhar para repor a ligação pela ferrovia de Lisboa à Europa para vir a Portugal tantas vezes quanto os trabalhos no Parlamento me permitam, por forma a estar sempre em contacto com a realidade e necessidades nacionais.
Quais foram, no seu entender, os maiores erros cometidos pela UE no último mandato? E quais as maiores conquistas?
Os retrocessos nas políticas ambientais como a estratégia do “Prado ao Prato” – que não está a ser implementada – ou a lei do Restauro da Natureza – que continua bloqueada no Conselho Europeu – são claramente erros cometidos. Por outro lado, a UE será sempre uma conquista enquanto projeto de paz, integração e de procura de um melhor bem-estar para as pessoas, animais e natureza.
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