Clima. Tirem os brinquedos aos meninos que eles perdem as manias


Esta rapaziada, que não passa de uma minoria muito ruidosa, devia ser obrigada a viver sem os benefícios do capitalismo, a ir para a Faixa de Gaza e para Israel, até para perceber que nem todos são santos e nem todos são pecadores.


Há uns bons anos, o editor da sociedade no jornal onde eu trabalhava fez um pedido insólito, para a altura, embora ele tivesse toda a razão. Na reunião de secção, falou-se que os invisuais, ou cegos, iam fazer uma manifestação a protestar, salvo erro, com as condições deploráveis com que se debatiam no dia-a-dia, desde os obstáculos na via pública a outros problemas como a falta de cães guia, e por aí fora. O Miguel Calado Lopes sugeriu que em vez de se ir para a Assembleia da República fazer a cobertura da manifestação, que se devia encontrar um dos prováveis manifestantes e acompanhá-lo desde a sua casa até à AR, para se perceber as dificuldades por que passavam, e calculo que passem. Muitos ficaram a olhar de lado para ele, não me recordo se estava nesse grupo, e mais ficaram quando ele sugeriu que o repórter devia fazer o trajeto de olhos vendados. Esta sugestão foi chumbada, mas o resto da reportagem não, e ainda bem. O Miguel gostava de um jornalismo que tivesse a ver com as pessoas e menos com as politiquices. Digamos que foi um pouco visionário na abordagem aos problemas concretos das pessoas.

Vem esta conversa a propósito dos meninos radicais do clima que querem, acima de tudo, lutar contra o capitalismo, a guerra em Israel e na Palestina, e, por fim, o fim da energia fóssil até 2030. Esta rapaziada, que não passa de uma minoria muito ruidosa, devia ser obrigada a viver sem os benefícios do capitalismo, a ir para a Faixa de Gaza e para Israel, até para perceber que nem todos são santos e nem todos são pecadores, e, por fim, a viver como se as energias fósseis já não existissem. Queria ver quem os salvava sempre que tivessem de ir a um hospital que funcionasse a energias alternativas, por exemplo, ou de como viajariam para o estrangeiro nos milhares de aviões low cost.

Para mim era evidente que estes meninos radicais de esquerda não iriam parar se não sentissem que as suas ações tinham consequências. Quem pode atirar tinta a políticos e não lhes acontece nada, é sinal que podem fazer quase tudo. Como ninguém quer pôr os meninos na ordem… é o que se vê.

Clima. Tirem os brinquedos aos meninos que eles perdem as manias


Esta rapaziada, que não passa de uma minoria muito ruidosa, devia ser obrigada a viver sem os benefícios do capitalismo, a ir para a Faixa de Gaza e para Israel, até para perceber que nem todos são santos e nem todos são pecadores.


Há uns bons anos, o editor da sociedade no jornal onde eu trabalhava fez um pedido insólito, para a altura, embora ele tivesse toda a razão. Na reunião de secção, falou-se que os invisuais, ou cegos, iam fazer uma manifestação a protestar, salvo erro, com as condições deploráveis com que se debatiam no dia-a-dia, desde os obstáculos na via pública a outros problemas como a falta de cães guia, e por aí fora. O Miguel Calado Lopes sugeriu que em vez de se ir para a Assembleia da República fazer a cobertura da manifestação, que se devia encontrar um dos prováveis manifestantes e acompanhá-lo desde a sua casa até à AR, para se perceber as dificuldades por que passavam, e calculo que passem. Muitos ficaram a olhar de lado para ele, não me recordo se estava nesse grupo, e mais ficaram quando ele sugeriu que o repórter devia fazer o trajeto de olhos vendados. Esta sugestão foi chumbada, mas o resto da reportagem não, e ainda bem. O Miguel gostava de um jornalismo que tivesse a ver com as pessoas e menos com as politiquices. Digamos que foi um pouco visionário na abordagem aos problemas concretos das pessoas.

Vem esta conversa a propósito dos meninos radicais do clima que querem, acima de tudo, lutar contra o capitalismo, a guerra em Israel e na Palestina, e, por fim, o fim da energia fóssil até 2030. Esta rapaziada, que não passa de uma minoria muito ruidosa, devia ser obrigada a viver sem os benefícios do capitalismo, a ir para a Faixa de Gaza e para Israel, até para perceber que nem todos são santos e nem todos são pecadores, e, por fim, a viver como se as energias fósseis já não existissem. Queria ver quem os salvava sempre que tivessem de ir a um hospital que funcionasse a energias alternativas, por exemplo, ou de como viajariam para o estrangeiro nos milhares de aviões low cost.

Para mim era evidente que estes meninos radicais de esquerda não iriam parar se não sentissem que as suas ações tinham consequências. Quem pode atirar tinta a políticos e não lhes acontece nada, é sinal que podem fazer quase tudo. Como ninguém quer pôr os meninos na ordem… é o que se vê.