As mortes por doenças do aparelho circulatório e por tumores malignos representaram quase metade dos óbitos registados em Portugal em 2022 (48,9%). O valor representa um aumento de 0,9% em comparação com 2021.
De acordo com dados do INE divulgados esta quinta-feira, em 2022, morreram no país 124.942 pessoas, menos 0,2% do que em 2021 (125.233). As doenças cerebrovasculares (AVC) estiveram na origem do maior número de mortes naquele ano, com 9.616 óbitos de residentes por AVC, que representaram 7,7% do total.
“A taxa de mortalidade por doenças cerebrovasculares foi de 92,1 mortes de residentes por 100.000 habitantes, mais elevada do que em 2021 (92,2)”, salientou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
As mulheres continuaram a ser as que, “de forma fatal”, foram mais atingidas por AVC, com uma relação de 75,8 óbitos de homens por cada 100 óbitos de mulheres. Mesmo tendo diminuído em relação ao ano anterior (77,8), este indicador “reflete o agravamento relativo da condição feminina”, na apreciação do INE.
“No conjunto das mortes por tumores malignos, destacaram-se 4.410 mortes de residentes causadas por tumores da traqueia, brônquios e pulmão, que representaram 3,5% do total de mortes de residentes e aumentaram 0,5% em relação ao ano anterior”, lê-se no documento divulgado esta quinta-feira.
De acordo com o INE, estes tumores continuaram a atingir homens e mulheres “de forma muito diferente”, com taxas brutas de mortalidade de 64,5 mortes por 100.000 homens e de 21,9 óbitos por 100.000 mulheres, que resultam “numa relação de 268,7 óbitos de homens por 100 de mulheres”.