Mais que farto


A política é vertiginosa, não há impasses ou “é ou não é” assim como, “não é não”


A política é vertiginosa, não há impasses ou “é ou não é” assim como, “não é não”. A aceleração que a política vive é estrutural e o tempo real é menor. Pensar com calma antes de decidir é incomum.

A aceleração da nossa vida reflecte-se na política, que nos empurra para frente de forma mais rápida, mesmo que não saibamos onde estamos e o que se está a  passar.

Sofremos de rapidez permanente, isso anestesia a atenção e enfraquece o significado do que fazemos. Sair desse automatismo, ter um tempo é algo inédito. A aceleração torna tudo quase irrelevante.

A aceleração dos tempos, as farsas, as redes sociais e as campanhas de assédio são avassaladoras.

A política tornou-se uma bomba colectiva, um combustível de primeira ordem que está a queimar políticos, por pretexto, pelo ruído, pelas redes sociais e pelos ataques ferozes e não filtrados dos seus inimigos e rivais.

As facadas  nas costas sempre existiram, as lutas internas também, e a guerra suja é tão antiga quanto o poder, mas as redes sociais multiplicaram a velocidade das operações de assédio e demolição em que meios duvidosos e casos judiciais  forneceram o combustível  necessário para acelerar a fogueira.

A política tornou-se insuportável?  Talvez. Porém, António Costa demitiu-se não pela justiça, mas pelos seus correligionários que meteram o pé na poça.

Portugal era um país estável até há cinco meses. Em 2022, os cidadãos deram maioria absoluta ao Partido Socialista, apesar de este já governar há sete anos. Uma raridade no cenário internacional. A legislatura que pretendia ser a mais confortável, apareceu desde os primeiros dias com uma sucessão de erros e escândalos.

António Costa por uma questão de decência e cansado de tantos escândalos demitiu-se.

A verdade é que  há anos  tentam fazer-nos acreditar que os nossos problemas são a extrema-direita ou a extrema-esquerda, quem governa e quem faz oposição e não o preço do carrinho de compras, da renda, da gasolina, as taxas de juro ou que o serviço militar vai ser ou não obrigatório.

A política, a justiça e a imprensa têm funções diferentes, mas o debate construtivo exige que a comunicação social e os tribunais gerem um quadro de veracidade, honestidade e respeito pelos valores constitucionais.

Agora pretendem-nos fazer crer que a demissão de Ana Jorge é por incompetência, esquecendo-se que nem há um ano está no cargo.

No Instituto da Segurança Social alvitra-se a substituição de um funcionário devido ao cálculo do IRS.

A caça às bruxas começou e este governo está lá há um mês.

Eu acredito numa política que esteja longe da deslegitimação recíproca e que se baseie no reconhecimento do outro, com todas as críticas que existam pelas suas decisões, mas também com a vontade real de melhorá-las ou oferecer-lhes alternativas.

Sou contra pessoas politicamente alinhadas, domesticadas e subservientes. Estou triste pelo que se está a passar.

Parece que se espera um pretexto, uma desculpa, uma evasiva para enviar pessoas para a rua. A verdadeira razão é que não são do PSD.

A política tem que ser mais do que “nós”-“eles”, “socialistas”– “sociais-democratas”, “bons”–“maus”, “poder”–“oposição”, etc.

Este rebuliço de lugares quando muda um governo tem que acabar na política.

A seguir muda a cor do governo e temos o mesmo cenário.

Agora são as contas públicas, o excedente passa a défice por que se mudou de governo. Inaceditável!

Estou mais que farto.


Mais que farto


A política é vertiginosa, não há impasses ou “é ou não é” assim como, “não é não”


A política é vertiginosa, não há impasses ou “é ou não é” assim como, “não é não”. A aceleração que a política vive é estrutural e o tempo real é menor. Pensar com calma antes de decidir é incomum.

A aceleração da nossa vida reflecte-se na política, que nos empurra para frente de forma mais rápida, mesmo que não saibamos onde estamos e o que se está a  passar.

Sofremos de rapidez permanente, isso anestesia a atenção e enfraquece o significado do que fazemos. Sair desse automatismo, ter um tempo é algo inédito. A aceleração torna tudo quase irrelevante.

A aceleração dos tempos, as farsas, as redes sociais e as campanhas de assédio são avassaladoras.

A política tornou-se uma bomba colectiva, um combustível de primeira ordem que está a queimar políticos, por pretexto, pelo ruído, pelas redes sociais e pelos ataques ferozes e não filtrados dos seus inimigos e rivais.

As facadas  nas costas sempre existiram, as lutas internas também, e a guerra suja é tão antiga quanto o poder, mas as redes sociais multiplicaram a velocidade das operações de assédio e demolição em que meios duvidosos e casos judiciais  forneceram o combustível  necessário para acelerar a fogueira.

A política tornou-se insuportável?  Talvez. Porém, António Costa demitiu-se não pela justiça, mas pelos seus correligionários que meteram o pé na poça.

Portugal era um país estável até há cinco meses. Em 2022, os cidadãos deram maioria absoluta ao Partido Socialista, apesar de este já governar há sete anos. Uma raridade no cenário internacional. A legislatura que pretendia ser a mais confortável, apareceu desde os primeiros dias com uma sucessão de erros e escândalos.

António Costa por uma questão de decência e cansado de tantos escândalos demitiu-se.

A verdade é que  há anos  tentam fazer-nos acreditar que os nossos problemas são a extrema-direita ou a extrema-esquerda, quem governa e quem faz oposição e não o preço do carrinho de compras, da renda, da gasolina, as taxas de juro ou que o serviço militar vai ser ou não obrigatório.

A política, a justiça e a imprensa têm funções diferentes, mas o debate construtivo exige que a comunicação social e os tribunais gerem um quadro de veracidade, honestidade e respeito pelos valores constitucionais.

Agora pretendem-nos fazer crer que a demissão de Ana Jorge é por incompetência, esquecendo-se que nem há um ano está no cargo.

No Instituto da Segurança Social alvitra-se a substituição de um funcionário devido ao cálculo do IRS.

A caça às bruxas começou e este governo está lá há um mês.

Eu acredito numa política que esteja longe da deslegitimação recíproca e que se baseie no reconhecimento do outro, com todas as críticas que existam pelas suas decisões, mas também com a vontade real de melhorá-las ou oferecer-lhes alternativas.

Sou contra pessoas politicamente alinhadas, domesticadas e subservientes. Estou triste pelo que se está a passar.

Parece que se espera um pretexto, uma desculpa, uma evasiva para enviar pessoas para a rua. A verdadeira razão é que não são do PSD.

A política tem que ser mais do que “nós”-“eles”, “socialistas”– “sociais-democratas”, “bons”–“maus”, “poder”–“oposição”, etc.

Este rebuliço de lugares quando muda um governo tem que acabar na política.

A seguir muda a cor do governo e temos o mesmo cenário.

Agora são as contas públicas, o excedente passa a défice por que se mudou de governo. Inaceditável!

Estou mais que farto.