Várias centenas de profissionais da educação participaram este sábado numa arruada em Lisboa. A manifestação foi convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) e teve como objetivo fazer “campanha pela escola pública”.
A poucos dias das eleições legislativas, o STOP imitou os partidos políticos e organizou uma arruada – ação frequente em campanhas eleitorais – para dizer que “não se tem falado de educação como se devia”.
“A escola pública tem um papel que mais ninguém pode ter na sociedade, que é garantir uma educação de excelência para todos os alunos, independentemente de serem filhos de ricos ou de pobres, e isso as escolas privadas não garantem”, sublinhou André Pestana, professor e coordenador do sindicato.
Profissionais da educação de todo o país muniram-se tambores, bombos, apitos e cornetas acompanhar as palavras de ordem gritadas ao megafone. “Não paramos, não paramos”, entoaram, exigindo, em cartazes, “compromissos efetivos” dos partidos.
No protesto, que contou com a presença de dirigentes partidários do Bloco de Esquerda, a mensagem ao novo Governo, “mais à esquerda ou mais à direita”, foi clara. “Se não investir a sério na escola pública, esta luta não vai parar”, avisou Pestana, citado pela agência Lusa.
O dirigente reconheceu que a reivindicação do tempo de carreira – que tanto PS como PSD já se comprometeram a fazer – “era importante, mas não era a única”. Uma “avaliação justa e progressão sem quotas” para docentes e não docentes, a valorização dos assistentes operacionais e uma gestão escolar “mais democrática” são outras das exigências.