Moscovo acusa Kiev de ter abatido avião com 65 prisioneiros ucranianos

Moscovo acusa Kiev de ter abatido avião com 65 prisioneiros ucranianos


Não terá havido sobreviventes. Governo russo refere que os mísseis alegadamente usados pela Ucrânia serão americanos e alemães.


O presidente da câmara baixa do parlamento russo (Duma) acusa a Ucrânia de ter abatido o avião russo que se despenhou, esta quarta-feira, com 74 pessoas a bordo, incluindo 65 prisioneiros ucranianos.

"Mataram os seus próprios soldados no ar, as mães e filhos estavam à espera deles", afirmou Vyacheslav Volodin, no hemiciclo em Moscovo, citado pela agência francesa AFP.

"Abateram os nossos pilotos que estavam numa missão humanitária (…) com mísseis americanos e alemães", sublinhou Volodin, que anunciou que será feito um apelo ao Congresso dos Estados Unidos e ao Parlamento Federal da Alemanha para que se descubra que mísseis poderão ter causado a queda do avião.

Para que "possam finalmente ver quem estão a financiar e quem estão a ajudar".

O avião despenhou-se na região de Bolgorod, perto da fronteira ucraniana, onde, segundo Moscovo, iria ocorrer uma troca de prisioneiros.

"No dia 24 de janeiro, pelas 11h00 em Moscovo [08h00 em Lisboa], um avião Il-76 despenhou-se durante um voo programado na região de Belgorod. A bordo iam 65 militares capturados das Forças Armadas Ucranianas que estavam a ser transportados para a região de Belgorod para uma troca, seis tripulantes da aeronave e três pessoas acompanhantes", avançou antes o Ministério da Defesa russo, citado pela agência Interfax.