O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, defendeu, esta quarta-feira, numa audição parlamentar sobre a preparação das eleições, que o Governo tem feito um caminho de valorização salarial e das condições de vida dos profissionais das forças de segurança, e que esse investimento “tem de continuar”.
O governante lembrou que o “Governo encontra-se em gestão”, e da perspetiva do ministro, “não é em cima das eleições que se vai estar a derramar dinheiro sobre os problemas que estão identificados e que têm vindo a ter uma resposta estruturada e duradoura”.
Confrontado pelo Partido Social-Democrata (PSD), Chega, Iniciativa Liberal (IL), Partido Comunista Português (PCP) e pelo Bloco de Esquerda (BE), com os protestos, dos últimos dias, das forças de segurança, José Luís Carneiro disse não “querer fugir às questões” e começou por identificar o prestígio e o contributo dos agentes para manter Portugal como “um país pacífico”.
O ministro da Administração Interna elencou, de seguida, algumas medidas do Executivo, a que pertence, que considera terem valorizado as condições das forças de segurança: “Fechámos em 2023 pagamentos de 118 milhões de euros de remunerações devidas aos polícias e que lhes foram sonegadas durante o período de assistência financeira”.
De acordo com o Governante, foi também realizado o um reforço do suplemento dos serviços das forças de segurança, em 50 milhões de euros por ano e que, devido ao acordo de rendimentos, entre 2023 e 2026 haverá um aumento salarial médio de 20% para as forças de segurança.
“Contudo, reconhecemos que isto é um caminho de valorização salarial e de condições de vida das forças de segurança que tem de continuar e que tem de ser reforçado, esse foi sempre o caminho que foi assumido e o compromisso com os sindicatos”, sustentou o ministro.
José Luís Carneiro defendeu ainda que depois das eleições de 10 de março o esforço deve ser continuado a ser feito, como tem sido realizado pelo seu Governo.
“Se me perguntam se este esforço em curso deve continuar em futuras decisões políticas? Sim, devemos fazer um esforço para continuar a valorizar as condições das forças de segurança, sem entrarmos agora em decisões no momento que estamos, que é de gestão”, disse.