Vitória russa seria “prego no caixão da ordem internacional”, diz MNE

Vitória russa seria “prego no caixão da ordem internacional”, diz MNE


Ministro sublinhou a necessidade de a orientação, em Portugal, na Europa e na aliança transatlântica, ter de ser “de apoio infatigável na defesa da Ucrânia”


O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal (MNE) identificou esta quarta-feira a Rússia como a maior ameaça à segurança global e advertiu que uma vitória russa seria “um prego no caixão da ordem internacional”. João Gomes Cravinho pediu um “apoio infatigável” na defesa da Ucrânia.

“A Rússia representa a principal ameaça à segurança global, porque pretende usar a força bruta para introduzir uma nova ordem, na qual seria precisamente a capacidade de exercer força bruta que constituiria o principal fator ordenador”, sustentou o governante na sessão de abertura do Seminário Diplomático.

Na sua intervenção no encontro anual com diplomatas portugueses para debater as prioridades da política externa, o chefe da diplomacia portuguesa elencou as principais dificuldades da cena mundial do século XXI, que, sustentou, justificam questionar se “não será hoje mais realista falar de desordem internacional”.

Gomes Cravinho alertou que uma vitória russa na Ucrânia “em 2024 ou 2025 representaria um prego no caixão da ordem internacional, e a abertura da porta para um período de desordem antes do estabelecimento de uma nova ordem que dificilmente será benévola para os países europeus e para a aliança transatlântica”.

O ministro sublinhou a necessidade de a orientação, em Portugal, na Europa e na aliança transatlântica, ter de ser “de apoio infatigável na defesa da Ucrânia”. O apoio ocidental, continuou, “é essencial para a Ucrânia, e se esse apoio for aquilo que pode ser, resultará numa clara derrota para a Rússia”.