O Hamas afirmou esta sexta-feira que não haverá mais libertação de reféns sem o estabelecimento prévio de um cessar-fogo.
À cadeia de televisão Al-Jazeera, do Qatar, um responsável do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), disse que a prioridade do Hamas é parar a agressão das forças israelitas na Faixa de Gaza “de uma vez por todas”.
Segundo Osama Hamdan, em resposta a notícias publicadas por meios de comunicação israelitas segundo as quais o Hamas estaria a negociar um novo acordo para a libertação de reféns, isso foi dado a conhecer a todos os mediadores.
Por esta razão, reiterou, não se fala atualmente de uma troca de prisioneiros, sublinhando que a cessação dos combates em Gaza é uma condição prévia para que tal aconteça.
De acordo com os mesmos meios de comunicação social, o representante do grupo terrorista também negou que tenha sido discutida uma possível libertação em troca de um cessar-fogo de um mês.
Hamdan tinha já afirmado, em meados de dezembro, esta posição do Hamas, sublinhando que todas as questões “podem ser negociadas”.
A 7 de outubro o Hamas lançou um ataque terrorista em solo israelita, durante o qual mataram 1.139 pessoas, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades israelitas.
Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 129 das quais se encontram ainda em cativeiro pelo movimento, no poder no enclave palestiniano desde 2007.
Israel declarou guerra ao Hamas e nos bombardeamentos na Faixa de Gaza já morreram mais de 21.500 pessoas, na maioria civis, segundo o Hamas, considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.