12 meses de Disney neste Portugal de animação


Que 2024 nos traga calor para descongelar este país gelado de sentimento pela classe política. Que nos traga respeito institucional. Que nos traga credibilidade. Que nos traga mais respeito pelo próximo. Sobretudo, que nos devolva o amor a Portugal por inteiro, com boas políticas públicas e confiança no nosso futuro governo. Fantasia da Disney? Espero…


Tenho um profundo respeito pelo que a Disney representa na vida de milhões de pessoas. Pelo força do que criou e nos faz sonhar em torno dessa memória toda a vida. Não será a única, mas é das maiores referências mundias na missão de transmitir simples “mensagens”. Deixa humanismo a crianças e adultos. Pela esperança, a positividade e o equilibrio de respeito que tenta transmitir na relação do Homem com o planeta e outras espécies que não a nossa.

 

Naturalmente, tem todo um mundo de fição e de fantasia. Faz parte. Nós não sonhamos também com o impossível no dia a dia? Que nunca percamos a cor de sonhar porque viver a preto e branco sem impossíveis é o caminho mais possível de evitar a felicidade.

 

Mas, reiterando o profundo reconhecimento da importância da Disney para os que sonham na vida e são felizes, deixar esta nota: Muito é fantasia.

 

E é fácil fazer uma analogia “menos feliz” que a Disney com estes doze meses de 2023 do nosso país.

 

Sobre habitação, 2023 ficará associado aos Os Três Porquinhos da Disney de 1933. Dos três porquinhos, irmãos, pena este Governo e políticas rejeitarem o porquinho prático que fez a casa de tijolos e protegeu todos os irmãos, numa real habitação, do Lobo Mau. As medidas que estivemos 12 meses a apregoar parecem do porquinho brincalhão ou do porquinho dançarino, sustentadas por madeira e por palha e fáceis de destruir os sonhos de termos uma real política de habitação que dê resposta à crise que temos em comprar e arrendar casa neste país.

 

Na saúde, 2023 parece a história do capuchinho vermelho e do lobo mau. A ingénua menina que queria ir ajudar a avozinha doente, parece o eleitor português que acredita que tanta reunião e estudo para cuidar e melhorar a sua avózinha, o nosso querido SNS, funciona. Quando chegamos a dezembro, ao pensarmos que chegámos às respostas para o SNS já não é a avozinha que temos. É o Lobo mau que quer atacar-nos e nem deixa ajudar. Quer comer os nossos sonhos de termos uma melhor saúde para doentes e profissionais de saúde.

 

Na credibilidade política, 2023 tem de ser a analogia à Alice no País das Maravilhas. Aquela história em que uma menina, ao perseguir o Coelho Branco, chega no país das maravilhas, onde conhece criaturas incríveis e toda uma realidade paralela de fição. É assim que devemos encarar o nosso ano. Seguimos as conversas de estabilidade de um Governo de Maioria Absoluta que podia reformar e criar as políticas públicas que quisesse, só que não. Este Governo é o Coelho Branco. Levou-nos atrás a achar que era tudo um país de maravilhas mas as criaturas que encontrámos não são incríveis: São agressões em ministérios, são altos valores de dinheiro escondidas em livros dentro de gabinetes do Governo da República, são buscas em São Bento, são demissões sucessivas em torno de casos e casinhos. É uma fantasia o país das maravilhas, vivemos num país das ironias em 2023.

 

Um ano de 2023 que também parece o clássico de Pinóquio, de 1940. Que jeito dava ter um menino em forma de boneco de madeira em cada Governante. Que, quando questionados pelos portugueses (ou comissões de inquérito), tal e qual um Gepetto, a cada mentira tivessem um sinal evidente como o nariz a crescer. Tinha sido tão fácil resolver o caso

da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP de 2020 a 2022, que gerou uma profunda crise política e de inverdades há 12 meses. A indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, que levou a mentiras e contradições entre governantes tinha sido resolvida com um Pinóquio.

 

Com a demissão do Primeiro-ministro, um Orçamento aprovado quase “por favor” para cumprir prazos e evitar duodécimos já com um Governo demissionário na teoria (fantasia de que tinhamos normalidade política para aprovar um Orçamento do Estado), e um caos político de propaganda populista de extrema-direita e extrema-esquerda que apenas serve de fantasia política aos descontentes, congelámos a nossa esperança na classe política em 2023. Acabamos este ano a viver como Frozen. A animação da Disney que conta a história da relação das irmãs Ana e Elsa, que vivem no paraíso gelado de Arendelle.

 

Que 2024 nos traga calor para descongelar este país gelado de sentimento pela classe política. Que nos traga respeito institucional. Que nos traga credibilidade. Que nos traga mais respeito pelo próximo. Sobretudo, que nos devolva o amor a Portugal por inteiro, com boas políticas públicas e confiança no nosso futuro governo. Fantasia da Disney? Espero que, desta vez, não. Que seja real este 2024 que ambicionamos todos.

12 meses de Disney neste Portugal de animação


Que 2024 nos traga calor para descongelar este país gelado de sentimento pela classe política. Que nos traga respeito institucional. Que nos traga credibilidade. Que nos traga mais respeito pelo próximo. Sobretudo, que nos devolva o amor a Portugal por inteiro, com boas políticas públicas e confiança no nosso futuro governo. Fantasia da Disney? Espero…


Tenho um profundo respeito pelo que a Disney representa na vida de milhões de pessoas. Pelo força do que criou e nos faz sonhar em torno dessa memória toda a vida. Não será a única, mas é das maiores referências mundias na missão de transmitir simples “mensagens”. Deixa humanismo a crianças e adultos. Pela esperança, a positividade e o equilibrio de respeito que tenta transmitir na relação do Homem com o planeta e outras espécies que não a nossa.

 

Naturalmente, tem todo um mundo de fição e de fantasia. Faz parte. Nós não sonhamos também com o impossível no dia a dia? Que nunca percamos a cor de sonhar porque viver a preto e branco sem impossíveis é o caminho mais possível de evitar a felicidade.

 

Mas, reiterando o profundo reconhecimento da importância da Disney para os que sonham na vida e são felizes, deixar esta nota: Muito é fantasia.

 

E é fácil fazer uma analogia “menos feliz” que a Disney com estes doze meses de 2023 do nosso país.

 

Sobre habitação, 2023 ficará associado aos Os Três Porquinhos da Disney de 1933. Dos três porquinhos, irmãos, pena este Governo e políticas rejeitarem o porquinho prático que fez a casa de tijolos e protegeu todos os irmãos, numa real habitação, do Lobo Mau. As medidas que estivemos 12 meses a apregoar parecem do porquinho brincalhão ou do porquinho dançarino, sustentadas por madeira e por palha e fáceis de destruir os sonhos de termos uma real política de habitação que dê resposta à crise que temos em comprar e arrendar casa neste país.

 

Na saúde, 2023 parece a história do capuchinho vermelho e do lobo mau. A ingénua menina que queria ir ajudar a avozinha doente, parece o eleitor português que acredita que tanta reunião e estudo para cuidar e melhorar a sua avózinha, o nosso querido SNS, funciona. Quando chegamos a dezembro, ao pensarmos que chegámos às respostas para o SNS já não é a avozinha que temos. É o Lobo mau que quer atacar-nos e nem deixa ajudar. Quer comer os nossos sonhos de termos uma melhor saúde para doentes e profissionais de saúde.

 

Na credibilidade política, 2023 tem de ser a analogia à Alice no País das Maravilhas. Aquela história em que uma menina, ao perseguir o Coelho Branco, chega no país das maravilhas, onde conhece criaturas incríveis e toda uma realidade paralela de fição. É assim que devemos encarar o nosso ano. Seguimos as conversas de estabilidade de um Governo de Maioria Absoluta que podia reformar e criar as políticas públicas que quisesse, só que não. Este Governo é o Coelho Branco. Levou-nos atrás a achar que era tudo um país de maravilhas mas as criaturas que encontrámos não são incríveis: São agressões em ministérios, são altos valores de dinheiro escondidas em livros dentro de gabinetes do Governo da República, são buscas em São Bento, são demissões sucessivas em torno de casos e casinhos. É uma fantasia o país das maravilhas, vivemos num país das ironias em 2023.

 

Um ano de 2023 que também parece o clássico de Pinóquio, de 1940. Que jeito dava ter um menino em forma de boneco de madeira em cada Governante. Que, quando questionados pelos portugueses (ou comissões de inquérito), tal e qual um Gepetto, a cada mentira tivessem um sinal evidente como o nariz a crescer. Tinha sido tão fácil resolver o caso

da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP de 2020 a 2022, que gerou uma profunda crise política e de inverdades há 12 meses. A indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis, que levou a mentiras e contradições entre governantes tinha sido resolvida com um Pinóquio.

 

Com a demissão do Primeiro-ministro, um Orçamento aprovado quase “por favor” para cumprir prazos e evitar duodécimos já com um Governo demissionário na teoria (fantasia de que tinhamos normalidade política para aprovar um Orçamento do Estado), e um caos político de propaganda populista de extrema-direita e extrema-esquerda que apenas serve de fantasia política aos descontentes, congelámos a nossa esperança na classe política em 2023. Acabamos este ano a viver como Frozen. A animação da Disney que conta a história da relação das irmãs Ana e Elsa, que vivem no paraíso gelado de Arendelle.

 

Que 2024 nos traga calor para descongelar este país gelado de sentimento pela classe política. Que nos traga respeito institucional. Que nos traga credibilidade. Que nos traga mais respeito pelo próximo. Sobretudo, que nos devolva o amor a Portugal por inteiro, com boas políticas públicas e confiança no nosso futuro governo. Fantasia da Disney? Espero que, desta vez, não. Que seja real este 2024 que ambicionamos todos.