Paulo Raimundo defende que António costa “desperdiçou dois anos” em que teve “tudo na mão”

Paulo Raimundo defende que António costa “desperdiçou dois anos” em que teve “tudo na mão”


Para o secretário-geral do PCP, o PS não “merece a confiança” dos portugueses.


O Secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, defendeu, esta terça-feira, que a mensagem de Natal do primeiro-ministro demissionário, António Costa, foi insuficiente e lamentou que o governante não tenha reconhecido que “desperdiçou dois anos” com condições políticas e financeiras para melhorar a vida dos portugueses.

O líder comunista, à margem de uma visita, ao Conselho Português dos para os Refugiados (CPR), manifestou que mensagem de natal de António Costa “não foi suficiente” e que o que o primeiro-ministro reconheceu é “uma evidência”, tem que se “aumentar salários, pensões, reforçar os profissionais do Serviço Nacional de Saúde ou responder aos problemas de acesso à habitação”.

Paulo Raimundo lamentou que Costa “não tenha reconhecido um elemento importante: teve dois anos com tudo na mão, em que poderia ter feito muito mais e responder aos problemas que identificou”.

“A questão central”, prosseguiu o secretário-geral comunista, “é que o PS, a maioria absoluta do Governo, com condições económicas e financeiras, desperdiçou dois anos das nossas vidas, não abriu nenhum caminho novo e só agravou caminhos velhos”.

“A palavra confiança, quando é usada muitas vezes, quer dizer o contrário”, sustentou.

O líder do PCP afirmou que, as últimas legislativas, que ocorreram em 2022, só aconteceram porque o Governo e o Partido Socialista (PS) entendiam que “havia três áreas que não precisavam de investimento: a saúde, a habitação e as questões dos aumentos dos salários”.

“O primeiro-ministro fez chantagem, pressão e teve maioria absoluta, recursos, excedentes orçamentais e nenhum dos três problemas ficou resolvido, até se agravaram”, acrescentou Paulo Raimundo.

Para o secretário-geral comunista, o Governo “não merecesse essa confiança”, de que falou António Costa e acrescentou: “Ficou acima de tudo por assumir a responsabilidade do ponto de vista político, não se pode dizer que há muita coisa por fazer como se não houvesse responsáveis”.