Montenegro defende que governo não caiu por causa de um processo judicial mas “caiu de podre”

Montenegro defende que governo não caiu por causa de um processo judicial mas “caiu de podre”


“Tenho evitado contribuir para degradar ainda mais as instituições democráticas e alimentar intrigas políticas”, disse o presidente do PSD.


Este sábado, na abertura do 41º Congresso do Partido Social Democrata (PSD), o presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu que o Governo do Partido Socialista (PS) “não caiu por causa de um processo” judicial, mas “caiu de podre”. O dirigente do PSD acusou ainda os socialistas de instrumentalizarem a justiça para taparem “erros políticos”.

Montenegro, no discurso de abertura do 41º Congresso do PSD, a decorrer este sábado, explicou que tem “evitado contribuir para degradar ainda mais as instituições democráticas e alimentar intrigas políticas. Mas se alguém vê nisso algum receio ou alguma inibição, era o que falta, eu sou, fui sempre, um homem livre e direi sempre o que mais interessa aos portugueses”.

O presidente do PSD afirmou que o executivo de António Costa “não caiu por causa de um parágrafo” no comunicado da Procuradoria-Geral da República, “nem sequer por causa de um processo”, para Luís Montenegro, “o governo caiu de podre, por indecente e má figura na governação. Foram demasiadas mentiras, demasiados abusos de poder, demasiada falta de decência e transparência na vida política”.

“É sempre com o PS que o Estado se intromete nos negócios", completou o líder social-democrata, deixando o aviso que “Portugal não é, não foi e não vai ser uma República das Bananas”.

Montenegro acusou ainda o PS de, nas últimas semanas, tentar instrumentalizar a justiça "para servir de álibi a erros políticos".

"Não que não estejamos todos sob escrutínio, é assim que tem ser, mas nos sítios próprios, com regras próprias e no tempo correto. O julgamento das pessoas e instituições não se faz na comunicação social, se isso é válido para políticos também é para magistrados", disse.