Energia. Governo defende redução gradual de apoios

Energia. Governo defende redução gradual de apoios


No parecer à proposta do Orçamento do Estado para 2024, a CE instou Portugal a reduzir as medidas de apoio energético “o mais rapidamente possível em 2023 e 2024”


O ministro da Economia diz que o Governo vai analisar as recomendações da Comissão Europeia (CE), mas que as medidas de apoio energético não podem ser cortadas de um dia para o outro.

“O que nos preocupa é defender a indústria nacional e as empresas nacionais face à conjuntura energética”, afirmou esta quarta-feira António Costa e Silva, salientando que “a desimplementação desses apoios não pode ser feita de um dia para o outro”.

Na terça-feira, no parecer à proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), a CE instou Portugal a reduzir as medidas de apoio energético “o mais rapidamente possível em 2023 e 2024”. O executivo comunitário considera que a proposta de OE2024 “não está totalmente em conformidade com a recomendação” do Conselho que em julho sugeriu que Portugal reduzisse os apoios energéticos atualmente em vigor.

“São recomendações de Bruxelas que o Governo vai seguir e analisar”, disse o ministro da Economia. António Costa e Silva argumentou que, apesar de se ter registado, nas últimas semanas, uma diminuição dos preços do petróleo, “os apoios às empresas, provavelmente têm que se graduar”, acrescentando ser “fundamental manter os apoios e gradualmente ver como é que a economia se vai comportar”.