Israel. EUA pedem a “medidas urgentes” para terminar violência na Cisjordânia

Israel. EUA pedem a “medidas urgentes” para terminar violência na Cisjordânia


Na Cisjordânia, 490 mil colonos vivem entre três milhões de palestinianos


O chefe da diplomacia dos EUA insta Israel a tomar "medidas urgentes" para terminar com a violência dos colonos israelitas contra os palestinianos na Cisjordânia ocupada.

Anthony Blinken manteve quinta-feira uma conversa telefónica com Benny Gantz, um líder da oposição israelita que se juntou ao gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a quem "enfatizou a necessidade urgente de tomar medidas concretas para acalmar as tensões na Cisjordânia".

O Departamento de Estado (equivalente ao ministério dos Negócios Estrangeiros) norte-americano informou ainda que Blinken abordou "os níveis crescentes de violência por parte de extremistas".

O Blinken também conversou com Gantz sobre os esforços diplomáticos para libertar os quase 240 reféns feitos pelo Hamas a 7 de outubro, data do início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. 

Na Cisjordânia – um território palestiniano ocupado desde 1967 por Israel – mais de 190 palestinianos terão sido mortos por colonos e por soldados israelitas desde 7 de outubro.  

As Forças de Defesa de Israel têm aumentam os ataques e incursões neste território, alegando estar a responder a um "aumento significativo de ataques terroristas" na Cisjordânia com "mais de 550 tentativas de ataques desde o início da guerra".

Na Cisjordânia, 490 mil colonos vivem entre três milhões de palestinianos. Gantz, um general centrista aposentado, concordou em entrar num gabinete de guerra com Netanyahu. O primeiro-ministro lidera uma coligação com apoiantes da extrema-direita que apoiam fortemente a colonização da Cisjordânia.

A 7 de outubro, terroristas do Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e classificado como organização terrorista pelos EUA, a UE, Reino Unido e Israel – realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.