PSD, Chega e IL, bem como o PAN, condenaram esta quinta-feira as declarações do presidente da Assembleia da República à RTP3, acusando-o de tentar condicionar a Justiça e questionando a sua independência face ao PS e ao Governo.
Em entrevista, Augusto Santos Silva pressionou o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e o Ministério Público a concluírem antes das eleições de 10 março o inquérito aberto ao primeiro-ministro.
Em reação, o líder parlamentar do PSD desafiou o presidente do Parlamento a avaliar se tem condições para continuar no cargo. “O presidente da Assembleia não pode ter declarações que possam condicionar a ação da justiça”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento.
O líder do Chega, André Ventura, também abriu a porta a uma demissão de Santos Silva: “Se quer preservar a dignidade da AR, então deve demitir-se e deixar o lugar”.
Já o líder da IL, Rui Rocha, acusou Santos Silva de tentativa de interferência na Justiça: “Estabelecer um prazo à justiça não é digno nem aceitável vindo da segunda figura do Estado”.
Por seu lado, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, considerou que as declarações de Santos Silva mostraram “quase uma subserviência ao Governo incompreensível”.