Ponderei bastante, antes de escrever estas linhas, sobre o conflito no Médio Oriente, não sou letrado nem especialista
Ponderei bastante, antes de escrever estas linhas, sobre o conflito no Médio Oriente, não sou letrado nem especialista neste conflito, porém tenho uma opinião como observador e que se preocupa com esta guerra
Enquanto Israel continua a sua ofensiva de raiva e ódio implacáveis ao ataque selvagem do Hamas a 7 de Outubro, causando um sofrimento incomensurável e visto como inaceitável aos palestinianos.
Israel não vai olhar a meios para destruir a cúpula do Hamas, mas não vai ser fácil. Não nos podemos esquecer, que o Hamas usa aos palestinianos, como escudo de defesa para seu proveito próprio e isso é também inadmissível.
Não sei o que será o futuro depois de Israel arrasar o Hamas?
Israel delineou um plano em três fases para alcançar os seus objectivos. A finalidade é fazer com que haja um zona tampão de segurança, para no futuro não acontecer, de novo, um massacre idêntico perpetrado pelo Hamas.
A primeira fase foi e continua a ser, os bombardeamentos e manobras terrestres. A segunda fase passa pela estabilização e criar condições para eliminar os redutos de resistência do Hamas. A terceira fase pela retirada da responsabilidade de Israel na faixa de Gaza e a segurança para os cidadãos de Israel.
Tenho sérias dúvidas que a terceira fase seja uma realidade. Ao ver o mapa de Israel, constato que Israel está cercado por todos os lados de inimigos. Hoje é o Hamas, amanhã é o Hezbollah, etc. Tudo que se está a passar vai levar à vingança e a uma guerrilha que pode ser neutralizada por uns tempos, mas não vencida.
Israel tem direito a defender-se, porém o Direito internacional exige a distinção entre civis e militares. Israel tem, rapidamente, de parar com os bombardeamentos que causam tantas baixas em civis indefesos.
As imagens de televisão são temíveis e podem levar à indignação geral da opinião pública de todo o Mundo. E, isso vai funcionar de ricochete e haverá mais ódio e atentados.
Israel vive numa democracia e tem valores, oposição e liberdade de expressão. Não me causará surpresa, que a seguir a isto em próximas eleições, o sr. Benjamin "Bibi" Netanyahu irá à sua vida e pagará o preço de ser o maior culpado indirecto deste massacre.
A sociedade israelita está dividida e não aceita que os tribunais percam o seu poder independente e que passem a ser limitados pelo governo.
Israel tem que voltar à mesa das negociações e aderir ao princípio da existência de dois estados: Israel e Palestina.
É fundamental gerir a transição em Gaza depois de neutralizar o Hamas. Não nos podemos esquecer que o Hamas venceu as últimas eleições em 2006, mas, actualmente, é uma organização terrorista. O Hamas não pode ter capacidade operacional para fazer o que fez. O Irão deve ser avisado para ir para o seu lugar.
É importante que todos: ONU, Israel, países muçulmanos. Se envolvessem num processo de paz definitivo.
A curto prazo neutralizar o Hamas e reduzir a faixa de Gaza a escombros será possível. O pior é a médio e longo prazo as coisas não ficarão resolvidas.
Israel não pode ficar indefinidamente na faixa de Gaza. Israel tem que fazer o que está a fazer, tendo em conta os civis e o apoio humanitário e, de seguida, mudar de rumo.
Fundador do Clube dos Pensadores