O Santander Totta obteve um resultado líquido de 621,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, que representa um aumento de 61,5% face aos 385,1 milhões registados no mesmo período do ano passado.
“Nos primeiros nove meses do ano, mantivemos uma trajetória de crescimento nos resultados que apresentamos, com indicadores sólidos que nos têm permitido continuar a apoiar as famílias e as empresas. Tal apoio assume uma importância acrescida no atual contexto de subida de taxas de juro e de um elevado custo de vida”, revela o CEO do banco, Pedro Castro Almeida, em comunicado.
O crédito a clientes ascendeu a 44,9 mil milhões de euros, um crescimento de 3,4% face ao valor do mesmo período de 2022, “com o banco a manter o seu apoio aos setores mais produtivos da economia”.
A instituição financeira revela ainda que ao nível dos particulares, “o contexto de taxas de juro mais elevadas está a contribuir para uma desalavancagem do balanço, com a amortização antecipada de créditos, em especial à habitação” com a carteira de crédito hipotecário a registar uma redução homóloga de 4%.
Por seu lado, os recursos de clientes ascenderam a 43,2 mil milhões de euros, registando uma redução de 7,5% face ao período homólogo, “largamente explicada pela evolução dos depósitos, que se reduziram em 9,7%, numa dinâmica associada à mencionada amortização antecipada de créditos, assim como pela aplicação em recursos fora de balanço, que cresceram 4,2% face a setembro de 2022”.
O produto bancário fixou-se em 1407,6 milhões de euros, um crescimento homólogo de 50,8%, em resultado do crescimento da margem financeira (+88,5%), que permitiu compensar a redução em 3,6% ao nível das comissões líquidas, para 345,7 milhões de euros, neste mesmo período. Já os resultados da atividade seguradora ascenderam a 14 milhões de euros.
Os custos operacionais, no montante de 387,4 milhões de euros, registaram um crescimento homólogo de 6,3%, “muito refletindo o contexto de inflação elevada, pelo que o resultado de exploração ascendeu a 1020,1 milhões de euros (+79,3% face ao mesmo período de 2022)”.
As comissões líquidas rondaram os 345,7 milhões de euros, um decréscimo de 3,6% face ao período homólogo, “refletindo o contexto de taxas de juro mais elevadas, que se traduziu numa diminuição dos volumes de nova produção de crédito face aos observados em 2022, assim como várias alterações legislativas, que limitam a cobrança de comissões num conjunto de serviços bancários.
Também a dissipação dos efeitos da recuperação pós-pandémica, que influenciaram o crescimento das comissões em 2022, nomeadamente as transacionais, contribuiu para esta dinâmica”.
O banco aponta ainda para um controlo dos custos, “beneficiando do processo de transformação digital que tem vindo a ser executado nos últimos anos, permitiu novos ganhos em termos de eficiência, cujo rácio se reduziu em 11,5pp, face ao mesmo período de 2022, para 27,5%”.
As provisões líquidas e outros resultados, no montante de 44,9 milhões de euros (um incremento de 116,1% face ao mesmo período de 2022) refletem o aumento dos encargos relacionados com a contribuição extraordinária sobre o setor bancário e com o adicional de solidariedade, assim como os impactos da alienação de ativos correntes detidos para venda realizada no mesmo período de 2022”.