Ativistas do Climáximo vandalizam quadro de Picasso

Ativistas do Climáximo vandalizam quadro de Picasso


“Não há arte num planeta morto. Temos de parar de consentir com uma normalidade onde milhares são assassinados pelos governos e empresas emissoras”, diz o grupo, numa nota enviada às redações.  


Ativistas do grupo Climáximo atiraram tinta vermelha para a obra ‘Femme dans un fauteuil (métamorphose)’ de Picasso exposta no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, esta sexta-feira.  

“Não há arte num planeta morto. Temos de parar de consentir com uma normalidade onde milhares são assassinados pelos governos e empresas emissoras”, diz o grupo, numa nota enviada às redações.  

“Quando soldados alemães entraram no estúdio de Picasso em Paris, onde vivia durante a II Guerra Mundial, e viram o ‘Guernica’ (a famosa obra-prima que retrata os horrores da guerra), perguntaram-lhe ‘fizeste isto?’. Ele respondeu ‘não, tu fizeste isto’. As instituições culpadas pelo colapso climático declararam guerra às pessoas e planeta. Temos de parar aceitar esta normalidade”, salientou diz ainda a nota.  

O protesto decorreu depois do meio-dia, tendo de seguida uma segurança do CBB aparecido e, depois, encerrado a sala. Entretanto, a polícia chegou ao local e dois ativistas foram detidos, avança da CNN Portugal.  

O grupo disse ter tido o cuidado de verificar se a obra estava, ou não, protegida, para que a pintura não ficasse estragada.