O Presidente da República considerou esta quarta-feira que a estratégia do Governo no Orçamento do Estado para 2024 é “porventura a única possível” já que, face à conjuntura externa de desaceleração económica, aposta no consumo interno.
“É um Orçamento esperado, porque não conta com o aumento das exportações, não conta com o aumento do investimento significativo, investimento privado, não conta com o aumento do crescimento”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
De acordo com o chefe de Estado, o que o Governo faz no Orçamento do Estado para 2024 é “injetar dinheiro, tentando fazer subir a chamada procura interna, os gastos internos, para equilibrar aquilo que deixa de ser recebido do exterior”. À comunicação social e interrogado se é a estratégia certa, respondeu que é “porventura a única possível” na atual conjuntura.
No cenário macroeconómico em que assenta a proposta de Orçamento do Estado para 2024, o Governo prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,2% em 2023 e 1,5% em 2024 e que a taxa de inflação diminua para 5,3% neste ano e 3,3% em 2024.
O executivo chefiado por António Costa pretende alcançar excedentes orçamentais de 0,8% do PIB em 2023 e de 0,2% em 2024. Quanto ao rácio da dívida pública, estima a sua redução para 103% do PIB neste ano e para 98,9% em 2024.
A proposta de Orçamento do Estado para 2024 vai ser discutida e votada na generalidade nos dias 30 e 31 de outubro. A votação final global está marcada para 29 de novembro.
O Orçamento do Estado tem aprovação garantida pela maioria parlamentar do PS.