Israel e Palestina em guerra

Israel e Palestina em guerra


Uma fonte em Telavive avançou ao Nascer do SOL: «Houve infiltrações terroristas no sul (…) uma chuva de bombas e até houve israelistas a ficarem reféns. Aqui [em Telavive] ouvimos sirenes durante duas horas e sons de bombas, apesar desta zona estar mais tranquila”.


Por Gonçalo Nabeiro 

Nesta madrugada Israel foi alvo de ataques surpresa por parte do Hamas. O grupo terrorista declarou que se trata de uma retaliação à profanação da mesquita Al-Aqsa, local de elevada importância para o povo muçulmano. O primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou estado de emergência e dirigiu-se aos seus concidadãos: «Estamos em guerra (…) e vamos ganhar.».

Até agora foram identificadas 22 vítimas mortais e 545 feridos entre os israelitas, num momento em que o Minstro da Saúde de Gaza apelou para as doações de sangue no enclave. Uma fonte em Telavive avançou ao Nascer do SOL: «Houve infiltrações terroristas no sul (…) uma chuva de bombas e até houve israelistas a ficarem reféns. Aqui [em Telavive] ouvimos sirenes durante duas horas e sons de bombas, apesar desta zona estar mais tranquila. Os líderes do Hamas estão a preparar uma jiada, e pediram aos israelistas árabes e a Estados circundantes para ajudarem no ataque.».

Israel rapidamente contra-atacou e fez uso do seu poderio aéro, conduzindo uma série de ataques na faixa de Gaza. O exército israelista partilhou na sua conta da rede social X vídeos da ofensiva. Portugal, Itália, Reino Unido e Alemanha já condenaram o ataque a Israel e até a vizinha Arábia Saudita apelou para o término da violência.

O episódio comprometerá o processo de paz no Médio Oriente levado a cabo pelas Nações Unidas, e como Tom Wennesland, coordenador da ONU no Processo de Paz no Médio Oriente, afirmou à Al Jazeera que se trata de um ataque sem precedentes e esperam-se «dias difíceis.». «Estou horrorizado (…) Há um número de pessoas mortas e raptadas.». É certo que a existência de tensões na região é normal, mas este ataque, e principalmente o seu volume, foram uma surpresa, tanto para os israelitas como para a comunidade internacional e representa mais um capítulo da sempre conturbada história de Israel com a Palestina.