O presidente da autoproclamada República Arménia de Nagorno-Karabakh, Samvel Shahramanyan, anunciou ontem a dissolução da entidade separatista no território do Azerbaijão a partir de 1 de janeiro de 2024. Esta administração autónoma controlava a região há quase três décadas e contava com o apoio do Governo da Arménia.
As forças militares do Azerbaijão lançaram na última semana uma ofensiva militar relâmpago bem sucedida para recuperar o controlo dessa região montanhosa. O ataque causou a morte de, pelo menos, 200 arménios, incluindo 100 civis. A região de Nagorno-Karabakh fica no Cáucaso e é internacionalmente reconhecida como parte do Azerbaijão. No entanto, a maioria dos habitantes são de etnia arménia, país com quem faz fronteira.
Esta operação militar está a causar grande desconforto internacional devido ao êxodo em massa que está provocar. O mais recente balanço divulgado pela agência de notícias russa RIA indica que cerca de 70 mil pessoas deixaram a região e regressaram à Arménia. O primeiro-ministro, Nikol Pashinyan, afirmou estar em curso uma limpeza étnica contra a população arménia em Nagorno-Karabakh.