Não vale a pena explicar de outra maneira se quem lê este artigo ainda não sabe o que é. Não existe valor igual, na ordem interna, nem superior, na ordem externa, reside na Nação, que é toda a População, sendo a Nação um Estado organizado e soberano, com território, População e Governo. O valor da Educação é, para nós, fundamental por que cria laços muito importantes nos cidadãos através da Cultura, ou seja, línguas, usos, costumes e tradições. Esse “ADN” é como se fosse um carimbo de garantia de um “produto genuíno” e puro e, portanto, de confiança. Ora, um Português, “verdadeiro”, pelo solo, ou pelo sangue, merece à partida toda a nossa confiança, até prova em contrário, e através do poder organizado entregamos-lhe a Defesa da Nação quando o integramos nas nossas Forças Armadas, para defender a Soberania da Nação. A população está imbuída dos mesmos princípios, dos mesmos costumes, tem o mesmo carácter quando com todo o orgulho e vaidade jura Bandeira em que se compromete a defender a Pátria, pelas armas, mesmo com o sacrifício da própria vida.
Em nossa opinião de cidadão e Sociólogo, com o Serviço Militar cumprido na Armada entre ‘58/’60 na Arma de Artilharia Naval (o tempo mais feliz da nossa vida), não é viável recorrer a estrangeiros para as nossas “F.A.”, e basta pensar numa perspectiva pessoal, numa situação simples: colocamos um anúncio no jornal, para um motorista “imigrante” para transportar os nossos familiares todos os dias com a chave de casa, onde dorme e come, e a com a chave do carro. Quantos cidadãos serão capazes de fazer o que foi descrito? Quantos? E convém explicar que perder a Soberania é muito mais importante do que perder todos os nossos pertences, por que ficamos privados de identidade, na condição de “párias”. Dizem os Historiadores que o melhor, e mais rico, período da nossa História foi de 1580 a 1640, quando Camões, no leito de morte, disse que morria com a Pátria. E fomos Espanhóis durante 60 anos… Apesar de tudo e graças à Catalunha recuperámos a Independência em 1640, data que festejamos com muito júbilo. Quer isto dizer que voltámos a ser Soberanos. Havia, também, uns “ingénuos” que diziam que a “Ibéria” teria viabilidade, já que teria um enorme acesso ao Mar e uma população perto de 50 milhões, pois é, só não sabem dizer o resto…
Ora, ir recrutar, por exemplo, cidadãos Espanhóis seria arriscar a nossa Soberania de forma leviana e insensata. Não poderemos permitir tal afronta, como diria (e disse) António Costa, “isso era pormo-nos a jeito”. Portugal tem é que tratar as Forças Armadas com toda a prioridade e tornar a carreira atraente, já que não há nada mais gratificante, para um cidadão, do que defender a Soberania da Nação. Há “soluções” que não lembram ao Diabo, e esta ideia lançada na opinião pública é ofensiva, além de provocar um grande desalento a quem deu 40 anos da sua vida a cuidar de formar Oficiais de Exército, Forças Aéreas e G.N.R sem faltar um único dia ao serviço de aulas, por que era uma prioridade.
Precisamos de pessoas que amem o nosso País e que percebam que não se pode “brincar” com a Soberania da Nação.
Sociólogo