por João Sena
O mercado de transferências no futebol foi repleto de movimentações, contratações surpreendentes e transferências estratosféricas. Em anos anteriores, eram os grandes clubes europeus que ditavam leis, mas neste mercado de verão foram os clubes sauditas que provocaram grande estrago em alguns campeonatos nacionais e na Liga dos Campeões. Pela primeira vez, a principal prova de clubes na Europa vai disputar-se sem Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Karim Benzena e Neymar. Quem os quiser ver tem de viajar até à Arábia Saudita.
O verão europeu é sempre um dos momentos mais emocionantes para os fãs de futebol. Durante dois meses os clubes procuram reforçar-se com jogadores que podem mudar o rumo da temporada. As últimas horas de mercado foram alucinantes, e à conta da Premier League e dos investimentos sauditas, foram batidos vários recordes. Só as equipas inglesas gastaram qualquer coisa como 2,7 mil milhões de euros, quase tanto como as outras quatro grandes ligas juntas, e os clubes sauditas investiram 846 milhões de euros. As dez contratações mais caras registaram-se nas principais ligas europeias: Premier League, LaLiga, Serie A, Bundesliga e Ligue 1. Só numa dezena de contratações foram gastos 925,6 milhões de euros segundo dados do Transfermarkt. Embora a janela de transferências tenha fechado na maioria dos países, ainda é possível que ocorram algumas movimentações de menor importância. As duas transferências mais caras tiveram lugar na Premier League: o médio defensivo Declan Rice deixou o West Ham para ir jogar no Arsenal por 116,6 milhões de euros; o médio Moises Caicedo do Brighton para o Chelsea por 116 milhões de euros. A terceira transferência a envolver valores mais altos foi a do médio Jude Bellingham do Borussia Dortmund para o Real Madrid a troco de 103 milhões de euros.
A liga inglesa voltou a ser a que mais investiu entre os principais campeonatos europeus. Só o Chelsea gastou este verão 450 milhões de euros e nas três últimas janelas de transferências dispendeu qualquer coisa como 1,6 mil milhões de euros.
Em Portugal, o Benfica foi quem mais investiu e fechou o mercado com 69 milhões de euros gastos, e com a contratação mais cara do futebol português, o médio Orkun Kökcü, que rumou à Luz por 25 milhões de euros. O Sporting esteve bastante ativo na compra de jogadores. Gastou 54 milhões de euros e fez as duas aquisições mais caras da história do clube: Viktor Gyökeres por 20 milhões e Morten Hjulmand por 18 milhões de euros. O FC Porto gastou 32,4 milhões de euros e a contratação mais cara foi a de Ivan Jaime por 10 milhões de euros.
O Braga fez uma aposta clara no reforço do plantel e conseguiu evitar a saída de jogadores fundamentais. As aquisições dos bracarenses ascenderam a 17,8 milhões de euros, com o resgate do extremo Bruma ao Fenerbahçe, por 6,5 milhões de euros, a revelar-se a operação mais dispendiosa.