Os mercenários do Grupo Wagner começaram, esta quinta-feira, exercícios conjuntos com militares da Bielorrússia, um mês depois da rebelião contra Moscovo.
Estas manobras fazem parte da promessa do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que se comprometeu a ajudar a proteger a Bielorrússia para a eventualidade de uma invasão.
Segundo o Ministério da Defesa da Bielorrússia, os exercícios militares vão durar uma semana e vão acontecer num campo de tiro perto de Brest, uma cidade na fronteira com a Polónia.
O grupo de ativistas Belaruski Hajun, que monitoriza movimentos de tropas na Bielorrússia, disse que nove comboios com mais de 2.000 mercenários do Grupo Wagner já chegaram a este país, movendo-se agora para a zona de manobras militares perto da fronteira com a Polónia.
Em reação a este movimento das tropas, o ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, ordenou que algumas das forças armadas do seu país fossem transferidas do oeste para Biala Podlaska, a cerca de 45 quilómetros a oeste de Brest, e para Kolno, mais a norte.
"Devemos ter em mente que trazer alguns milhares de forças do Grupo Wagner para a Bielorrússia representa uma ameaça para o nosso país. Por isso, a minha decisão de mover algumas unidades militares do oeste da Polónia para o leste", afirmou Blaszczak.