Há que o dividir em três sectores, para separar as águas.
1- Fenómeno Educativo-Formativo (escolar)
2- Fenómeno Lúdico – Manutenção
3- Fenómeno de Alta Competição que é Espectáculo Desportivo Profissional.
Mas qual o melhor caminho para poder encontrar uma interpretação razoável para esse fenómeno?
Tentemos descrever o Fenómeno Desportivo, depois as suas repercussões e implicações na sociedade ao nível individual e colectivo e depois como Fenómeno de Massas, a sua influência e peso políticos perante a sociedade democrática e autocrática, ele serve qualquer Regime porque a questão prende-se diretamente com o "recrutamento nervoso" e com o desenvolvimento do cidadão, com a sua formação e com aquilo que o Estado, o Governo, o Partido, pretende para conseguir prosélitos que se encarregarão do panegírico do Regime.
Isto pode conduzir ao fanatismo, ao fundamentalismo, e à loucura colectiva. É, ou pode ser, uma técnica para a manipulação das massas, o que se passou na Itália fascista, na Alemanha nazi, no Japão totalitário e transpersonalista, na RDA, ou na China atual, é uma manipulação política para através do fenómeno desportivo enaltecer o tipo de regime político. Só um sistema de ensino e um tipo de educação baseados na liberdade e responsabilidade, com uma componente de formação profissional, sólida, poderão combater, ou anular tal manipulação.
O Autismo do "Cavaquismo", nos últimos anos, levou a que o sistema se deixasse maneatar pela máfia do futebol, de quem ficou prisioneiro, como dirigente da administração ao serviço de lobbies para quem trabalharam e para quem vieram a trabalhar, em lugares altamente remunerados.
A Educação, em geral, é o bem mais precioso que um País tem para poder desenvolver a sua Juventude e ajudar a enquadra-la com a geração precedente, recebendo dela a "herança" cultural como legado imprescindível para a sua aculturação, respeitando a língua, usos, costumes e tradições, que, no conjunto, são o seu A.D.N. cultural genético e social, permitindo aos mais jovens uma integração social, e até política, sem convulsões sociais, porque se baseiam no respeito, na ética, na moral e, uma vivência democrática, em que todos são iguais e têm os mesmos direitos e obrigações.
Se tivermos um Ministério da Educação (um dia) que compreenda isto, então teremos, finalmente, metade dos problemas dos nossos jovens resolvidos.
Sociólogo