Empresas de transporte criticam falta de plano de mobilidade para a JMJ

Empresas de transporte criticam falta de plano de mobilidade para a JMJ


Associação lamenta ainda não ter sido ouvida e diz que está “tudo a ser a ser feito sem a audição e a colaboração de quem é mais interessado e vai trabalhar no terreno”,


A associação de transportadores pesados de passageiros disse, esta sexta-feira, que é inaceitável que, a um mês do início da Jornada Mundial da Juventude, ainda não exista um plano de mobilidade aprovado para a ocasião.

A Associação Rodoviária de Transportadores Pesados de Passageiros (ARP), que representa 180 empresas de transporte coletivo, considerou que a data apontada na quinta-feira pela ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares para apresentar o plano é “manifestamente tarde”.

“Será um período de tempo muito curto, sendo de lamentar que, desde o início do ano, tenhamos contactado o Secretaria de Estado da Mobilidade Urbana, manifestando a nossa disponibilidade para colaborar e apresentando soluções, sem que tenha havido qualquer resposta por parte do Governo”, frisou, ressalvando que “restarão somente 15 dias de preparação para o evento” e “não dará margem para eventuais correções”.

A ministra Ana Catarina Mendes anunciou, em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros, que o plano de mobilidade da Jornada Mundial de Juventude (JMJ) será divulgado entre 10 e 14 de julho.

“As empresas de transporte de passageiros estão extremamente preocupadas, pois não sabem onde podem tomar e largar os peregrinos, parquear os autocarros, regras, horários, (…), o que impossibilita a planificação dos inúmeros serviços que têm programados”, sustentou a ARP.

A associação explicou ainda que não foi ouvida e que está “tudo a ser a ser feito sem a audição e a colaboração de quem é mais interessado e vai trabalhar no terreno”, afirmando que “ninguém melhor do que as associações que representam os transportadores sabe as necessidades de circulação e aparcamento de um veículo pesado”.